A Galeria da Antiga Capitania de Aveiro acolhe a exposição “Cartografia dos Caminhos – Dunhuang e o Românico na Península Ibérica”. A inauguração está marcada para esta sexta e a mostra ficará patente ao público até 13 de Outubro.
Inserida na programação do Festival da Lua e da celebração mundial dos Institutos Confúcio, esta exposição, organizada pelo Instituto Confúcio de Madrid, pelo Instituto Cervantes de Pequim, pelo Hanban (instituto Confúcio sede) e pela Duhuang Academy, em parceria com a Câmara Municipal de Aveiro e o Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro, permite revisitar, num significativo diálogo civilizacional e religioso, imagens e pinturas do românico peninsular e das grutas de Mogao, o maior conjunto de arte budista do mundo, situado nos arredores da cidade de Dunhuang, na província de Gansu, no noroeste da República Popular da China.
Declaradas património da Humanidade pela Unesco, em 1987, estas grutas, também conhecidas como as “Cavernas dos Mil Budas”, foram escavadas no ano de 366, na encosta da Montanha Mingshashan, e situam-se estrategicamente ao longo da Rota da Seda.
Esta verdadeira “enciclopédia da Idade Média” é constituída por 735 cavernas com inúmeras estátuas e mais de 45 000 metros quadrados de pinturas murais, com narrações dos sutras (ensinamentos orais de Buda) e representações budistas e de personagens mitológicas orientais.
As imagens que constituem esta cartografia situam-se nos dois caminhos culturais (de peregrinação e de comércio) mais relevantes da história da humanidade: a Rota da Seda e o Caminho de Santiago.
A inauguração terá lugar, esta sexta, às 18h00 e contará com presença da Diretora do Instituto Confúcio de Madrid, Comissária da exposição e Professora titular da Universidad Autónoma de Madrid, Isabel Cervera, que irá proferir uma conferência intitulada “Transferencias culturales en el mundo medieval”.
Diário de Aveiro |