Outubro marca o início de mais um trimestre de programação e o grande destaque dos próximos meses vai para a Milha, a festa dos músicos e da música de Ílhavo, que surge no ano em que Carlos Paião cumpriria 60 anos e que vai juntar centenas de pessoas de bandas filarmónicas, grupos corais, ranchos folclóricos, bandas e outros coletivos musicais ilhavenses em três dias de festival.
O evento, que o 23 Milhas pretende que seja anual, além de promover espetáculos e oficinas em vários espaços do Município, quer criar, a longo prazo, uma plataforma permanente de partilha e criação entre os vários artistas ilhavenses.
A Milha, que tem a direção artística da Cais do Som, acontece nos dias 3, 4 e 5 de novembro, na Casa da Cultura de Ílhavo e na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré.
Ao longo destes três dias, há espetáculos, oficinas para escolas e famílias e ainda um espetáculo de homenagem a Carlos Paião que inclui mais de uma dezena de artistas e uma Big Band composta pela Filarmónica Gafanhense e pela Banda dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo.
Outro dos grandes acontecimentos do trimestre, e que marca precisamente o arranca do mês de outubro, é a exposição “Fazer Sentido”, um desafio da Art-Map ao 23 Milhas, em que se condensa numa exposição os trabalhos realizados ao longo das oito residências artísticas da Art-Map que a Fábrica das Ideias acolheu ao longo dos últimos meses.
Ao todo, e contando alguns artistas convidados para se associarem à exposição, será mais de uma centena de obras, de 34 artistas, oriundos de 13 países. A exposição acontece de 7 de outubro a 25 de dezembro, em cinco espaços do Município: a Fábrica das Ideias, a Casa da Cultura, a Biblioteca Municipal de Ílhavo, o Museu Marítimo de Ílhavo e o Museu da Vista Alegre.
Além da exposição permanente, associa-se um ciclo de atividades que inclui conversas semanais com os artistas, apresentações, oficinas e um concerto.
Ao longo dos próximos três meses, muitos outros são os eventos que preenchem as semanas do 23 Milhas. Ela Vaz, Cuca Roseta, Selma Uamusse, Mazgani e um Museu da Existência construído a partir dos tesouros da comunidade são apostas para seguir com atenção.
Nota para o Ciclo de Jovens Talentos CulturXis, que leva ao Laboratório das Artes o coro aveirense Voz Nua (15/10) e o pianista António Luís Silva (19/11), o ciclo Olhar por Dentro, que mantém a sua cadência mensal na descoberta da arquitetura ilhavense, vários espetáculos e visitas/jogos para a família e escolas, a aposta contínua nas residências artísticas na Fábrica das Ideias, que recebe mais quatro projetos inovadores, a apresentação da mais recente criação de Bruno Alexandre, “Cavalos Selvagens”, e ainda a estreia do novo espetáculo de João Garcia Miguel, Nós Matámos o Cão Tinhoso (28/10).
Na música, destaque para o concerto da ilhavense Ela Vaz, que joga em Casa na apresentação do seu novo disco “Eu”, o primeiro a solo, no dia 11 de novembro; Cuca Roseta canta os parabéns ao Casci no dia 24 do mesmo mês; Mazgani apresenta o seu novo disco “The poet’s death” no dia 9 de dezembro e Selma Uamusse leva o ritmo quente da sua música à Casa da Cultura no dia 16 de dezembro.
Em novembro, a Fábrica das Ideias transforma-se em Museu da Existência e recebe, nos dias 23, 24 e 25 uma exposição de histórias e memórias de habitantes da Gafanha da Nazaré. Um projeto da companhia Amarelo Silvestre que convida a comunidade a contribuir ativamente na construção de narrativas a partir das suas próprias histórias e objetos.
O ano termina com o lançamento de um novo evento, o LEME, um festival de circo e teatro de rua contemporâneo, em espaços não convencionais, de caráter internacional, que o 23 Milhas planeia estrear no inverno de 2018.
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