A candidatura da coligação PSD/CDS-PP/PPM faz balanço à pré-campanha e a um mês do ato eleitoral regista da parte dos adversários o “recurso sistemático das restantes candidaturas, à demagogia, à insinuação e à mentira”.
Ribau Esteves, líder da candidatura Aliança com Aveiro, considera que o debate da RTP3, no passado dia 25 de agosto, confirma esta ideia. “A política tem de ser vivida com verdade e com rigor, e esse é um princípio de que não abdicamos”.
O autarca que apresenta a recandidatura lamenta, ainda, a destruição de “muitos materiais de campanha de rua” que vê como “alvo de vandalismo” tendo já assumido a denúncia às autoridades lembrando que numa democracia aberta e tolerante “estes atos têm de ser repudiados e denunciados, lutando todos para que não se repitam”.
A um mês de eleições o candidato passa a apresentar informação sobre o trabalho realizado, os objetivos traçados para um novo mandato e as principais propostas traçadas pelo Programa da Candidatura.
Realça a recuperação da liderança política e da “centralidade” de Aveiro na CIRA , na Associação Nacional de Municípios Portugueses e no Comité das Regiões da União Europeia.
Dentro da “obra feita” realça a “implementação de uma reforma organizacional” na Câmara com extinção de empresas municipais; a ativação dos novos Armazéns Gerais da Câmara; Pagamento em três anos de 45 milhões de euros da dívida total de 150 milhões de euros; a contratação para pagamento da restante dívida do empréstimo do Fundo de Apoio Municipal no valor de 85,5 milhões de euros (a 20 anos e com um juro de 1,75%); Pagamento de dívidas e pagamentos novos dentro dos prazos definidos.
O autarca destaca o recurso ao Fundo de Apoio Municipal como uma obrigação por ter uma dívida cerca de quatro vezes superior à receita e um quadro de “grave desequilíbrio financeiro”.
Sobre a polémica do aumento do IMI, no início de mandato, o autarca recorda que ao abrigo do FAM estava obrigado a colocar a taxa de IMI no valor máximo definido por Lei e que esteve até Abril de 2107 impedida de fazer despesa em muitas áreas, “restringindo-a a serviços públicos essenciais e pouco mais”.
Ainda assim lembra que foram concluídas intervenções de qualificação urbana na frente-Ria de São Jacinto, no largo da Escola de Azurva, no largo da Escola da Quintã do Loureiro, Cacia, no Parque de Merendas de Nariz (área de estacionamento) e em arruamentos de Aveiro.
Nas obras de maior dimensão destaca o Cais da Ribeira de Esgueira, o Cemitério de Oliveirinha (qualificação total), o Centro Municipal de Interpretação Ambiental, o Centro de Alto Rendimento de Surf em São Jacinto, o Complexo Desportivo de Taboeira (da ADT), a Escola de 1º Ciclo da Vera Cruz (ampliação e qualificação), o Nó de Ligação Rodoviária à A25 nas Agras do Norte, Esgueira, o Parque Ribeirinho do Carregal, o Parque Ribeirinho de Requeixo, a Rotunda do Botafogo em Verdemilho, Aradas, a Rotunda da EN235 na Póvoa do Valado/Mamodeiro, a Rotunda da Junqueira na EN 109, as USF´s de Esgueira e Cacia.
O autarca sublinha que ficam reformas na Educação e Ação Social com a concretização do Programa Municipal de Ação Educativa, a criação do Fundo de Apoio às Famílias e o relançamento do trabalho de equipa com as Juntas de Freguesia e o cumprimento do pagamento de valores devidos às Juntas.
O maior destaque vai para a relação com as associações que garantiram pagamento das dívidas e o relançamento dos apoios financeiros. Neste capítulo e apara além dos protocolos com os Bombeiros destaque para a melhoria de instalações nos Campos de Futebol do Barroca (na Póvoa do valado) e do Estrela Azul (em Cacia).
O investimento privado (Hospital da Trofa Saúde), as novas fábricas da A.Silva Matos, da Navigator/ex-Portucel e da OLI, a ampliação da Renault, a nova unidade de investigação da BOSCH, surgem como exemplo de que há “capacidade de conquista e de crescimento”.
A informação é divulgada como parte de uma estratégia de comunicação que chega ao eleitorado aveirense e que vai passar nos próximos dias pelos objetivos e propostas a submeter ao eleitorado.
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