O deputado do PSD Bruno Coimbra lamentou os atrasos no processo de reclassificação da Mata Nacional do Bussaco. Falando aos jornalistas à entrada para a última reunião da Comissão Parlamentar de Ambiente antes das férias parlamentares, o parlamentar social democrata vincou que o tempo perdido “fez-nos perder a possibilidade de usar este novo estatuto para a divulgação do espaço nos meses que antecederam o verão”.
“A Classificação da Mata Nacional do Bussaco como Monumento Nacional é fundamental para a prossecução do objetivo de candidatura a Património da UNESCO, mas, além disso – e já que todos concordam com essa reclassificação – o governo poderia ter andado bem e ter sido ágil por forma a garantir que essa reclassificação ocorresse no início do ano, a tempo de ser divulgada, conhecida e integrada numa estratégia de comunicação reforçada que atraísse mais pessoas que planearam as suas férias e passeios de verão” – afirmou Bruno Coimbra, lamentando que assim não tivesse sido. O deputado do PSD enfatizou que “passou maio, junho, agora julho…”, para acrescentar que “se a reclassificação ocorrer em agosto ou setembro – e espero que assim seja – é já tardia para o real aproveitamento desta nova classificação na preparação desta época estival”.
Bruno Coimbra lembrou que já em junho de 2015, num processo em que se envolveu e se empenhou pessoalmente, “a Assembleia da República aprovou, por unanimidade, uma Resolução recomendando ao Governo a intensificação da recuperação e valorização da Mata Nacional do Buçaco e do seu património, com vista ao seu futuro reconhecimento como Património Mundial da UNESCO, e a alteração da classificação de ‘Imóvel de Interesse Público Nacional’, atribuída ao Palace, ao Convento de Santa Cruz e à Mata envolvente, incluindo capelas e ermidas, para ‘Monumento Nacional’.”
Para o parlamentar lusense, “o processo estava a andar bem, com o envolvimento francamente positivo da Assembleia da República, da Câmara Municipal da Mealhada e da Fundação Mata do Buçaco, bem como das tutelas da Cultura do anterior e do atual governo”, e que “já durante a passagem de João Soares pelo Ministério da Cultura o diploma de elevação a Monumento Nacional ficou pronto e tinha a concordância da Direção Geral do Património Cultural”. “É uma pena que depois, sem nenhum motivo relevante, se tenha abrandado e só agora estarem a decorrer os prazos legais normais nestes processos… Perdeu-se escusadamente tempo” – sublinhou Bruno Coimbra, concluindo que “o Bussaco é possuidor de um vasto Património Natural e de um muitíssimo significativo Património Cultural, e é digno de figurar na lista do Património da Humanidade, pelo que merece ser já reclassificado como Monumento Nacional, vendo esta elevação ser homologada em Conselho de Ministros sem mais atrasos ou delongas”.
Diário de Aveiro |