A Casa da Música da Gafanha da Nazaré é mais um exemplo de recuperação urbana pelo aproveitamento de um antigo edifício para colocar ao serviço de associações e da cultura.
Investimento municipal de 650 mil euros que visou a requalificação global das antigas instalações da Cooperativa de Consumo Gafanhense, junto ao depósito de água, o edifício acolhe Associações da Freguesia da Gafanha da Nazaré que se dedicam, especialmente, à promoção do folclore e do ensino e prática de música.
Fernando Caçoilo confessou que os exemplos são variados pela concretização de projetos de reabilitação e consequente entrega às instituições e aos cidadãos (com áudio).
Na mesma intervenção na inauguração do edifício respondeu a quem crítica essas operações deixando outras obras de qualificação para segundo plano. “Falta sempre qualquer coisa. Roma e Pavia não se fizeram num dia. O projeto autárquico é um projeto inacabado. Constrói-se diariamente com toda a comunidade”.
Na plateia encontravam-se autarcas, dirigentes associativos, cidadãos, párocos, o Bispo de Aveiro e o candidato do PS à Câmara, Eduardo Conde, que acompanhou a inauguração.
A Casa da Música da Gafanha da Nazaré, propriedade da Câmara Municipal de Ílhavo, será gerida em parceria por três Associações: a Cooperativa de Consumo Gafanhense, a Filarmónica Gafanhense e o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré.
Alfredo Ferreira da Silva, presidente do Etnográfico da Gafanha da Nazaré, que chegou a criticar o processo numa fase inicial, assume ver, agora, cumprido o sonho de garantir novas instalações ao Etnográfico.
“O Presidente teve a coragem de arrancar com esta obra com fundos da autarquia. O nosso muito obrigado. É um dia feliz para o Etnográfico. Demorou mas o dia chegou”.
Paulo Miranda, presidente da Filarmónica Gafanhense, fala de uma realidade que vem dar condições de competitividade ao ensino da música.
“A nova sede, prometida há anos, virá contribuir para que a Filarmónica ocupe lugar de destaque no panorama musical regional e nacional”.
Jose Manuel, da cooperativa de consumo Gafanhense, assume que o dia de inauguração é também um dia de homenagem aos fundadores. “É um grande dia para esta cidade. Não podemos esquecer os fundadores da cooperativa e a eles prestamos esta singela homenagem”.
Um dia festivo marcado pelo luto de Pedrógão que os convidados assumiram como dia triste. “Deixamos a nossa palavra de solidariedade às famílias das vítimas”, ouvia-se nos vários discursos.
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