O português Fábio Silvestre (Sporting-Tavira) conquistou hoje a primeira vitória da temporada ao vencer a 4.ª e última etapa do 38.º Grande Prémio ABIMOTA, que terminou em Águeda, (176,4 km), após saida de Gouveia. Mas o grande triunfo da 38.ª edição da prova pertence a Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), que vestiu a camisola amarela logo na tirada inaugural e defendeu a vantagem que alcançou, de mais de um minuto, até ao último quilómetro da competição. A tirada de hoje acabaria por ser decidida ao sprint. Fábio Silvestre conseguiu afirmar-se perante o seu adversário César Fonte (LA Alumínios-Metalusa-Blackjack), que tinha ganho a etapa no dia anterior e Luís Mendonça (Louletano-Hospital de Loulé), que hoje ficaram em segundo e terceiro lugares, respetivamente. O vencedor desta última etapa, que só tinha conseguido um terceiro lugar no início da época, hoje “rematou a vitória”, motivado pela equipa. “Para o Sporting-Tavira esta vitória é muito importante”, afirmou. “A parte inicial da corrida, nos primeiros 70 km e a Serra de Penacova foi muito dura para mim, mas tentei defender-me para chegar nas melhores condições e consegui”, rematou o sprinter. Quem começou a competição na liderança e não mais saiu dos primeiros lugares da classificação geral, defendendo sempre a camisola amarela, foi Vicente de Mateos. Contas feitas, o espanhol acabaria a prova com a vantagem de 1’18’’ sobre Filipe Cardoso (Rádio Popular-Boavista) e de 1’21’’ sobre César Fonte, corredores que o acompanharam no pódio, ao ficar em segundo e terceiro lugares na tabela geral. “Foi muito difícil controlar as quatro etapas, as equipas atacaram, mas no final a LouletanoHospital de Loulé e eu conseguimos defender a camisola, que conquistámos na quinta-feira”, disse Vicente García de Mateos, que chegou forte e confiante ao Grande Prémio ABIMOTA. Nas restantes classificações, o camisola amarela venceu ainda a camisola dos pontos, Guillaume Almeida (LA Alumínios-Metalusa-Blackjack) conquistou a camisola da meta montanha, Angel Reboilido (W52-FC Porto), que venceu a 2.ª etapa, ganhou a camisola das metas volantes e o seu companheiro de equipa, Joaquim Silva, venceu a geral meta autarquias. Nos mais jovens, Hugo Nunes (Miranda-Mortágua) conseguiu duas camisolas: da juventude e de melhor corredor de equipa de clube, o que o deixou muito satisfeito com a conquista: “Já ganhei a Juventude em 2015 aqui, no ABIMOTA, e agora estou a repetir este ano. Contudo, desta vez tem um sabor especial, porque é o meu terceiro ano Sub-23 e convém ganhar corridas na minha classe”, confidenciou. “O meu objetivo era só a camisola branca, mas a vermelha veio e ainda bem. Estou muito contente e para os objetivos que aí vêm – o Nacional e a Volta –, estas conquistas só me motivam”. Sobre a geral de equipas coube à EFAPEL triunfar na edição de 2017 do Grande Prémio ABIMOTA, seguindo-se a W52-FC Porto e em terceiro lugar a Rádio Popular-Boavista. Como balanço, o diretor da prova, Vital Almeida, frisou que mais uma vez o Grande Prémio ABIMOTA “dignificou o ciclismo e o objetivo principal, correu tudo bem. Houve competição até ao fim, apareceram na nossa prova corredores Sub-23 que foram vencedores de camisolas, o que só vem demonstrar que temos aqui juventude para dar seguimento”, destacou. Já o presidente da Direção, João Miranda, também muito satisfeito no final de mais uma edição do Grande Prémio ABIMOTA, referiu que tudo correu como esperado, “com mais adesão do público e uma maior divulgação na comunicação social, o que nos permitiu chegar a mais pessoas. Para o ano vamos tentar fazer crescer ainda mais a prova, dando-lhe maior relevância no nosso país”. Por seu turno, para o secretário-geral, João Medeiros, também o balanço foi muito positivo: “Tirando as quedas do primeiro dia e o calor intenso, que reduziram o pelotão a 90 corredores, foi muito bom”. Sobre a próxima edição, revelou que “já haverá garantia do apoio de alguns municípios por onde passou o ABIMOTA este ano, o que é um excelente sinal”.
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