O Centro de Portugal foi a região de turismo do país que mais cresceu em abril deste ano, relativamente ao mesmo mês de 2016, em praticamente todos os indicadores de atividade turística. Os números do quarto mês do ano, hoje revelados pelo INE – Instituto Nacional de Estatística, dão conta de um aumento extremamente elevado da procura pela região, em especial por parte de visitantes de fora de Portugal. "O facto de a Páscoa ter sido este ano em abril ajuda a explicar estes resultados". Mas os números mostram que o Centro foi a região, entre todas, que mais sentiu o incremento na procura. Sinal de que, definitivamente, o Centro de Portugal "é cada vez mais um destino preferencial durante todo o ano". O maior destaque vai para o aumento das dormidas em hotelaria. Neste indicador, o mês de abril de 2017 registou um total de 494.678 dormidas, contra 360.267 em abril de 2016. Uma evolução de 134.411 dormidas, correspondente a crescimento global 37,3% - o maior em todo o país, seguindo-se a região dos Açores, com mais 30,6%. As dormidas de cidadãos estrangeiros no Centro de Portugal merecem realce especial, pois aumentaram uns incríveis 51,4%, passando de 160.398 para 242.914 – o que denota o interesse cada vez maior que a região suscita fora do país. O Centro também dominou no crescimento neste indicador, seguido do Norte, onde as dormidas de estrangeiros melhoraram 31,2%. As dormidas de visitantes estrangeiros no Centro aproximaram-se, aliás, das de residentes nacionais. Estas totalizaram 251.764, mesmo assim, um aumento de 25,96% em relação aos 199.869 de abril de 2016, o que significa que os visitantes internos continuam a ser cada vez mais fiéis ao Centro. Outro indicador com um crescimento digno de registo é o de total de hóspedes, que passou de 223.836 para 287.464: mais 63.628 hóspedes em abril de 2017, ou mais 28,43%. "Notável" é também o aumento dos proveitos da atividade turística. Entre abril de 2016 e o mesmo mês de 2017, os proveitos no Centro foram de 21,17 milhões de euros, correspondentes a um aumento de 32%. No alojamento, em particular, os proveitos progrediram 42,8%, para 14,6 milhões, o maior crescimento no país. A taxa de ocupação, por sua vez, subiu 10,2%. O Centro lidera também no indicador do aumento percentual da duração da estadia média, que passou de 1,61 noites, em abril de 2016, para 1,72 noites, em abril de 2017 – mais 6,9%. E foi no Centro que se registou a evolução mais significativa no rendimento médio por quarto: 7,71%. Os números enchem de satisfação, mas não surpreendem, Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal (TCP), para quem este é o resultado dos esforços conjuntos entre organismos públicos e entidades privadas, no sentido de atrair cada vez mais visitantes à região. “Está a trabalhar-se muito e bem no desenvolvimento do Turismo no Centro de Portugal. Os profissionais do setor estão a aumentar, de forma significativa e evidente, a qualidade da oferta, não apenas ao nível dos estabelecimentos hoteleiros e da restauração, mas também na diversidade de produtos e experiências que disponibilizam a quem nos visita. Os resultados desse aumento da qualidade e das escolhas estão à vista: o Centro tem merecido a visita de cada vez mais pessoas, de dentro e de fora do país”, destaca. “Estes números revelam também que a estratégia que definimos, no Turismo Centro de Portugal, é a mais correta. A promoção que tem vindo a ser feita colocou o Centro como destino na perceção dos turistas, a nível nacional como internacional. Quem nos visita sabe que esta é uma região que reúne condições ótimas, devido à sua grande diversidade de recursos turísticos e possibilidades de visita. É um território singular, único e ao mesmo tempo diversificado, capaz de atrair o turista mais curioso e exigente”, acrescenta.
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