Questões relacionadas com a poluição atmosférica voltaram à baila, ontem, na reunião do Executivo Municipal ilhavense.

Há cerca de dois anos, no Concelho de Ílhavo, os níveis de poluição do ar foram "superiores ao recomendável", isto, pelos padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS). Este relatório, na altura, avaliava a presença de "partículas finas e pequenas".

Agora, os números de um novo Relatório, apresentados na reunião de ontem, asseguram que os resultados da avaliação da qualidade do ar no Concelho de Ílhavo, são bons.

A avaliação feita resulta, em grande medida, da movimentação/actividade portuária, no Porto de Aveiro instalado na Gafanha da Nazaré. Confirmação avançada por Marcos Ré, Vereador da Câmara de Ílhavo. (com áudio)

No contexto da reunião do Executivo Municipal, o Vereador do PS, Pedro Martins, reconheceu que os níveis de poluição do ar não excedem os parâmetros legais e enalteceu o "esforço das populações" que "fizeram pressão" junto das autoridades, "quando tinham de fazer", alertando para a má qualidade do ar que se respirava há dois anos atrás, apelando para que a população se mantenha em estado de alerta. "As movimentações populares, as pessoas indignadas, conduziram a que a APA tomasse medidas indispensáveis à melhoria da qualidade do ar na Gafanha da Nazaré (...) é preciso continuar a acautelar fenómenos anormais. É importante manter a vigilância das actividades portuárias. Há dois anos tivemos o problema do Petcoke mas amanhã pode ser outra coisa qualquer", disse.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera ser fundamental que "cidades e governos adotem políticas que melhorem a qualidade do ar e façam desta causa uma prioridade". Entre as medidas apontadas estão a limitação das emissões industriais, o recurso a energias renováveis e a promoção dos transportes públicos e do uso da bicicleta nas deslocações urbanas.