Dois comunicados a anunciar o mesmo desfecho, uma fotografia de assinatura do acordo tripartido e silêncio sobre os meses de polémica entre o líder autárquico e o presidente do PSD/Aveiro.
A concelhia de Aveiro anunciava, ontem, a recandidatura de Ribau Esteves e a assinatura de um Acordo Autárquico definido entre ambas as partes. A distrital fez o mesmo mas em nenhum dos casos é abordada a polémica que surgiu entre os presidentes da Câmara e da concelhia de Aveiro do PSD.
Um desfecho que surge depois de meses de uma "guerra" silenciosa despoletada pelo surgimento na praça pública de uma carta de Ribau Esteves para Pedro Passos Coelho em que era arrasada a liderança de Vítor Martins acusado de não dar apoio ao executivo.
O presidente da concelhia terá mesmo sondado nomes alternativos para uma candidatura mas a recandidatura de Ribau Esteves surgiu como desfecho "natural".
Os dois dirigentes políticos (Vítor Martins e Ribau Esteves) têm vivido em campos opostos e foi a distrital a mediar o conflito conseguindo a plataforma de entendimento que leva o autarca à recandidatura.
Vítor Martins evitou tocar no assunto. Diz apenas que foi cumprida a “mera formalidade de comunicar uma decisão há muito tomada” deixando claro que não houve “qualquer cedência a pressões exteriores”. Assume como meta reforçar a maioria e diz que “a luta do PSD é a sua terra e as suas gentes”.
Quanto à distrital liderada por Salvador Malheiro refere a aposta “num projeto de continuidade do desenvolvimento do Município de Aveiro” e revela que foi uma “decisão unânime” dos Órgãos Concelhios e Distritais.
Revela ainda que Ribau Esteves “assume a coordenação do processo Autárquicas 2017” num trabalho que o PSD diz aberto a outros Partidos Políticos deixando em aberto a renovação da coligação com PP e PPM.
Diário de Aveiro |