GAFANHA DA NAZARÉ: OBRAS VOCACIONADAS PARA A MOBILIDADE SUJEITAS A CONSTRANGIMENTOS HISTÓRICOS. BE SUGERE ALTERNATIVA CLICÁVEL E PEDONAL DO FORTE PARA A BARRA.

O Bloco de Esquerda (BE) quer promover uma reflexão sobre as acessibilidades à Praia da Barra e diz que "deveria ser ponderada uma travessia pedonal e ciclável" a partir do Forte da Barra (na foto). Kevin Tavares insiste que a melhoria dos acessos rodoviários terá, sempre, como fim, "o aumento do tráfego". A criação de uma ideia alternativa e sustentável "seria mais interessante", referiu. Admite que os custos da operação poderiam ser comparáveis aos de uma passagem desnivelada. (com áudio)

Sérgio Lopes, do PS, diz que continua a faltar um pensamento ao nível da mobilidade e que o arranjo da avenida José Estêvão, na Gafanha da Nazaré, "é o exemplo de uma intervenção desgarrada". Mesmo sendo uma obra necessária não está enquadrada numa política de mobilidade estruturada. "Não é a pavimentação que vai resolver o problema estrutural. O executivo municipal não alterou estruturalmente as centralidades da Gafanha. Agora, opta por alcatroar a Avenida mas mais importante que isso, seria resolver os problemas estruturais da Freguesia e definir novas centralidades na cidade", vincou.

José Ângelo, do PCP, analisa os projetos e obras de final de mandato autárquico como "um clássico" da época pré-eleitoral. "As eleições precipitam estas grandes obras. Durante quatro anos nunca fizeram obra e agora tudo aparece feito".

Declarações e ideias expressas no programa de debate político "Discurso Directo", na Terra Nova.

O Presidente da Câmara de Ílhavo afirma que "há um caminho a percorrer" ao nível da qualificação de espaços, na Gafanha da Nazaré. Fernando Caçoilo lembra que há constrangimentos que decorrem da forma como a Freguesia se desenvolveu, ao longo dos anos. Cada obra e cada intervenção "ajusta-se", agora, à realidade da Freguesia. "Não existe espaço para ruas com dois sentidos e passeios dos dois lados, em vários lugares. A via e o estacionamento ordenados, com passeios, é complicado em várias zonas. É a realidade que existe. Não podemos derrubar casas para alargar vias de circulação", disse na Terra Nova.


Diário de Aveiro


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