PESCADOR PORTUGUÊS DESAPARECIDO DESDE SEGUNDA-FEIRA

Um pescador presumivelmente de origem portuguesa está desaparecido desde segunda-feira ao largo da costa de Massachussets, Estados Unidos, após o naufrágio do pesqueiro em que seguia, donde foi resgatado outro pescador com vida.

O pesqueiro Northern Edge, propriedade da empresa KeR Fishing Enterprises, virou-se segunda-feira ao largo da ilha de Nantucket, Massachussets, com seis tripulantes a bordo, entre os quais o capitão Carlos Lopes e um pescador de nome Pedro Furtado.

Fontes da comunidade de New Bedford disseram à Agência Lusa que os dois pescadores são de origem portuguesa, informação que não é confirmada pelo Consulado de Portugal em New Bedford, nem pelas autoridades norte-americanas.

Segundo as mesmas fontes, Pedro Furtado é natural de Ribeira Quente, S. Miguel, Açores, e Carlos Lopes da Gafanha da Nazaré, Aveiro.

"As autoridades americanas confirmam apenas que o barco deu o alarme às 16:44 e que foi salvo um tripulante de nome Pedro Furtado.

Não sei se é português, presumo que seja", disse à Agência Lusa o vice- cônsul de Portugal em New Bedford, José Canha.

Pedro Furtado, 22 anos, foi resgatado por um barco da guarda costeira de Boston depois de meia-hora dentro de água, cuja temperatura nesta altura do ano ronda os oito graus.

Depois do resgate, em declarações à imprensa local, o pescador afirmou-se "abalado pela difícil prova", mas bem fisicamente.

Pedro Furtado deverá chegar hoje ao porto de New Bedford, onde pertence a embarcação naufragada, a bordo do Diane Marie, o barco que o retirou das águas.

Entretanto, continuam as buscas ao largo da ilha de Nantucket, numa área de quase 2.000 quilómetros quadrados (1.500 milhas quadradas), para encontrar o capitão Carlos Lopes e os restantes quatro membros da tripulação.

O comandante da Guarda Costeira Benjamin Benson disse terça- feira que as buscas, que decorrem desde segunda-feira com recurso a botes e helicópteros, vão continuar "enquanto as pessoas possam estar vivas".

Uma possibilidade rejeitada por Roy Branco, tripulante da embarcação Ilha do Corvo, que em declarações à imprensa afirmou que "ninguém sobrevive mais do que alguns minutos naquelas águas".

Os motivos do naufrágio do Northern Edge não foram ainda inteiramente apurados, mas fontes da Guarda Costeira apontam como provável causa o facto de o barco ter sido atingido por uma onda gigante durante a mudança de turno da tripulação.

O Northern Edge levava a bordo apenas seis tripulantes, menos um que a tripulação exigida.
Diário de Aveiro



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