Ílhavo deu o salto em termos económicos e populacionais no final do século XIX e consolidou no século XX com a capacidade de atrair trabalhadores de outros locais e a abertura da Barra de Aveiro surge como momento marcante.
As porcelanas da Vista Alegre e a pesca do bacalhau foram os motores dessa expansão. Álvaro Garrido, consultor do Museu Marítimo de Ílhavo e professor da faculdade de economia de Coimbra, explicou este fim de semana, no decorrer de uma palestra no âmbito da exposição “Ílhavo Terra Milenar” que o desenvolvimento e a explosão demográfica chega no final do século XIX (com áudio).
Álvaro Garrido falou ainda sobre as lutas democráticas. Diz que os movimentos culturais foram importantes numa viragem que se deu no Município nos anos 60 do século passado.
“Havia pequenos grupos da oposição mas na verdade a maioria da população e das elites tinha consentimento ao regime. Isto mudou nos anos 60 com uma revitalização em que o Illiabum Clube tem papel decisivo”.
Paulo Costa, Vereador com o pelouro da cultura da Câmara de Ílhavo, anuncia novos encontros temáticos. Assume que a exposição está a puxar pela história, pela investigação e pela entrada em domínios mais específicos.
“Tentamos marcar os principais momentos destes mil anos. Vamos ter outras palestras e fazer um zoom trabalhando questões com a diáspora, pesca e património. Momentos que permitirão ter uma visão incidindo em aspetos concretos. Hoje quisemos despertar a curiosidade”.
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