O presidente da Junta de Freguesia da Palhaça, Manuel Augusto Martins, eleito pelo PSD, militante há cerca de quatro anos e social democrata assumido, é candidato à junta pelo Movimento dos Unidos por Oliveira do Bairro (UPOB), confirmou o próprio ao JB, na última terça-feira.
Manuel Augusto Martins, parco em palavras, diz que ainda não tem a equipa formada e que o processo seguirá com “a devida e necessária tranquilidade”. “Não trabalho no escuro. Faço tudo às claras e o meu trabalho está à vista”, afirma o autarca da Palhaça.
Na origem desta decisão, Manuel Augusto aponta desentendimentos com a concelhia do PSD, sublinhando que “a retirada de confiança política, sem justificação, ao presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, foi preponderante na minha escolha pelo UPOB”.
António Mota, presidente da Concelhia do PSD, diz que “Manuel Augusto Martins é um homem livre e saberá o que fazer com o Partido Social Democrata”, clarificando que “não foi a Comissão Política Concelhia que retirou a confiança política ao presidente da Câmara, mas, sim, um plenário de militantes. Um plenário onde o sr. Presidente da Junta da Palhaça devia ter ido para colocar as suas divergências”.
Instalação do Núcleo de Freguesia. Entretanto, o UPOB veio anunciar, na última semana, que Manuel Augusto Martins e Paulo Barata são os responsáveis pela instalação do Núcleo da Freguesia da Palhaça do Movimento, com vista à preparação do projeto autárquico.
O UPOB dá ainda conta que Rui Santos e José António são os responsáveis pela instalação do núcleo de Oliveira do Bairro, enquanto que o núcleo de Oiã vai ser instalado por João Carlos Silvano e Elizabete Pataco. Na União de Freguesias de Bustos, Troviscal e Mamarrosa, a responsabilidade cabe a Carlos Barreiro e Carlos Ferreira.
Além da aprovação da Comissão Instaladora, o UPOB deliberou que ainda durante o mês corrente os núcleos vão estar a funcionar em pleno, estando previsto que as reuniões tenham início durante este mês de janeiro.
O UPOB acrescenta em comunicado que, “desde a sua fundação, a 1 de outubro de 2016, os representantes do movimento têm defendido que esta é uma candidatura participativa e que envolve toda a população, com pessoas de distintos perfis profissionais, académicos e políticos convidados a dar a sua contribuição”.
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