O presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência(IDT), Nuno Freitas, defendeu hoje na Curia que a nova estratégia nacional de combate à droga deve procurar trazer a tratamento franjas populacionais onde aquele não chega. "Há um aparente equilíbrio entre a oferta e a procura de tratamento, ou mesmo uma redução da ocupação de camas e um maior número de consultas de seguimento, mas continuamos a ter franjas da população a quem não chegamos e que temos de ir buscar", disse Nuno Freitas, em declarações à margem da abertura do Encontro Nacional de Comunidades Terapêuticas, Unidades de Desabituação e Centros de Dia, que decorre na Curia. No encontro, o IDT procura avaliar com os parceiros privados e sociais os resultados da estratégia nacional de combate à droga delineada em 1999, e discutir as linhas de uma nova estratégia nacional para o período de 2005 a 2012. "Deparam-se-nos fenómenos novos a ter em atenção, não só pelo aparecimento de drogas sintéticas como também pelo policonsumo, como por exemplo o consumo de álcool em associação com outras drogas, a que é preciso dar respostas novas", defendeu Nuno Freitas. Para o presidente do instituto, outro fenómeno a ter em conta nessa estratégia é o do alcoolismo juvenil. Na parte da manhã, os grupos de trabalho do encontro debateram as alterações legislativas e o financiamento adequado à estratégia nacional de luta contra a droga, o papel das unidades especializadas na prevenção, tratamento e reinserção e a avaliação dos resultados. O programa da tarde visa debater o futuro, nomeadamente apontar as alterações legislativas necessárias face a novas realidades e o tipo de articulação que deverá ser feito nas unidades especializadas, numa rede de intervenção. Diário de Aveiro |