A Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré responde às críticas da Associação para a Defesa dos Interesses da freguesia salientando que o processo de desocupação das salas do mercado pelas cinco associações ali instaladas foi comunicado atempadamente e cumpriu o que estava protocolado aquando da entrada.
Carlos António Rocha assume que as obras para a transferência de talhos para o piso inferior é o mote da intervenção mas alerta também para a importância de comercializar as lojas do piso superior naquela que é a principal função do mercado.
Caso a hasta pública não seja cumprida com sucesso, aí sim o autarca admite que poderá haver oportunidade para as associações mas sem data definida uma vez que o espaço no 1º piso vai exigir obras de readaptação.
O acordo com a ADIG vem de Maio de 2012 com a condição de libertar o espaço se tal fosse solicitado com a antecedência devida. A Junta diz que aos 30 dias do contrato adicionou mais duas semanas para facilitar a operação e que não pode ficar como depositária dos materiais de escritório por não possuir condições. “Não podíamos estar a alojar outros para nos desalojarmos a nós”, justifica a Junta que terá colocado materiais próprios em arrumo.
Carlos António Rocha lamenta o tom do comunicado da ADIG em que a associação falou de arrogância e se queixou de estar a ser desrespeitada pela falta de acesso aos arrumos para guardar material.
O autarca lembra que procurou alternativa e que apresentou como sugestão uma loja no centro Caracas, na Cale de Vila, colocando a associação e o proprietário em contacto.
“Esta é a arrogância que já vem da Grécia antiga, que o Executivo e o presidente da Junta tem para com a ADIG, que mente despudoradamente, que não respeita quem trabalha todos os dias para os seus cidadãos, que se acha defensora dos interesses da Gafanha da Nazaré (sem ir a votos) e que entende ter direito a um tratamento diferenciado para com os seus elementos e as suas vontades como se estas fossem as únicas e as melhores possíveis”.
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