O PSD de Albergaria faz contas à gestão da relação da Autarquia com a banca e conclui que o endividamento está a aumentar. A estrutura liderada pelo antigo vice da autarquia, Licínio Pimenta, lembra que o CDS/PP herdou uma das Câmaras “em melhor situação financeira do país”, nas eleições autárquicas de 2013, mas que esse quadro se alterou em três anos mesmo depois do Município ter encaixado 8 milhões de euros no 4º trimestre de 2013.
“Mas a necessidade do atual executivo ter de pedir empréstimos para realizar obras que tem previstas no orçamento e plano de atividades de 2016, na altura sem previsão da necessidade deste recurso, vem alterar radicalmente a situação. De uma só vez, é utilizada 85 % da margem de pedidos de empréstimos e o endividamento bancário sofre um aumento de 70 %”, adiantam os Sociais Democratas.
No rol de críticas está a concentração de investimento que, segundo os Sociais Democratas, deveria ter cobertura nos orçamentos ao longo do mandato, nomeadamente na manutenção de estradas. “Tal não tem acontecido porque, como temos vindo a alertar desde o início do mandato, estamos perante um modo de gestão que prioriza a satisfação imediata da clientela política e ações de grande impacto mediático, suportadas em ajustes diretos generosos e legalmente discutíveis, mas sem qualquer impacto efetivo na dinâmica económica ou social de Concelho”.
Nas preocupações do PSD está, também, a carga fiscal. É que apesar da anunciada redução preconizada pelo autarca António Loureiro, o principal partido da oposição (PSD) diz que a autarquia está a conseguir das liquidações do IMI no mandato do CDS-PP muito mais dinheiro do que vinha a ser apurado no mandato anterior com maior peso no bolso dos contribuintes.
Os custos com a fatura da água surgem de novo no debate político com o PSD a dizer que nada mudou na gestão do PP. “A grande promessa eleitoral do atual Presidente da Câmara Municipal foi baixar o preço da água para todos os munícipes. Passaram 3 anos do exercício de funções e o Presidente da Câmara Municipal, que também é administrador da ADRA (Águas da Região de Aveiro), entidade que gere a rede de distribuição, não honrou o seu compromisso, não cumpriu com a sua palavra. Aliás, enquanto administrador da ADRA concordou, até, com três aumentos que, entretanto, se verificaram”.
Diário de Aveiro |