BRUNO COIMBRA ACUSA GOVERNO DE PÔR OS CIDADÃOS A DESEMPENHAR O PAPEL DA SEGURANÇA SOCIAL.

Bruno Coimbra acusou esta terça-feira o governo de, em matéria de política de arrendamento, ser uma “associação geringonçada, que quer pôr os cidadãos a desempenhar o papel da Segurança Social”. O deputado falava numa audição ao ministro do Ambiente sobre as políticas de arrendamento que estão a ser seguidas e que poderão, segundo Bruno Coimbra, afetar o crescimento que tem vindo a verificar-se no arrendamento e na reabilitação urbana.

O deputado do PSD eleito por Aveiro afirmou existir “quadro de grande preocupação”, com um ministro que “demite-se constantemente das suas funções”, e no qual “a cada dia que passa, mais os portugueses se convencem de que este governo não resolve coisa nenhuma, chuta a resolução dos problemas para cima de outros”.

“Prolongar por mais cinco anos o congelamento das rendas, não é para poupar os inquilinos ou proteger os idosos e os deficientes. Nada disso” acusa Bruno Coimbra, recordando que o que está na lei é que findo o período transitório, passa a ser o Estado a pagar a diferença entre as rendas que inquilinos com mais de 65 anos e deficientes pagavam e a que passa a vigorar pela atualização das rendas sempre que os inquilinos comprovadamente aleguem dificuldades económicas.

“Como os senhores não querem arcar com esse custo, não querem pagar o “subsídio de renda” – aprovado em junho de 2015 – congelam por mais cinco anos as rendas, chutando para cima dos senhorios o problema” atirou o deputado aveirense, dirigindo-se ao ministro, recordando que “há senhorios que pagam mais de IMI do que aquilo que recebem de renda”.

Referindo-se ao anúncio da proteção dos arrendatários que entrem em situação de incumprimento contratual, Bruno Coimbra acusou o ministro de, “em vez de os ajudar a pagar a renda, quer criar senhorios de cariz social, quer que sejam os senhorios a diminuir a renda a troco de hipotéticos benefícios fiscais, quando o que todos já sabemos é que o Governo está apostado em aumentar os impostos sobre o património imobiliário”.


Diário de Aveiro


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