PCP EM DEFESA DE INVESTIMENTO PÚBLICO NA "SAÚDE" DO CENTRO HOSPITALAR DO BAIXO VOUGA.

O PCP fez chegar preocupações de utentes e profissionais à Administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga e promete levar as preocupações do CH ao Governo. No seguimento da denúncia pública e manifestação de preocupações feita no final de Agosto, a deputada do PCP, Diana Ferreira, e dirigentes regionais do Partido reuniram-se na passada 6ª feira com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga para discutir algumas das preocupações dos seus utentes e profissionais de saúde.

A questão dos meios humanos continua na ordem do dia com o Verão a agravar os problemas devido ao período de férias. O PCP aproveitou para lembrar, mais uma vez que ao desinvestimento no setor público se junta o florescimento dos negócios privados na área da saúde.

O cumprimento das 35 horas foi tema de conversa, poucos dias depois da greve de enfermeiros que alegam desgaste, obrigados a horas extraordinárias. “Mais ainda, por ausência de despacho Governamental, todos os enfermeiros com Contrato Individual de Trabalho de 40 Horas permanecem nesta situação. Tudo isto contribui para um ambiente de trabalho negativo e um enorme desgaste, algo extensível ao restante pessoal médico, e com repercussões evidentes e tendentes a agravar-se na qualidade dos cuidados prestados”.

O futuro do Hospital Visconde de Salreu espera investimento em obras para garantir a total reabilitação do edifício colocando o financiamento como pilar de toda a ação. Há uma lista de princípios que o PCP quer ver cumprida com o apoio do Governo em defesa do Serviço Nacional de Saúde.

“A criação de condições orçamentais que permitam a contratação de pessoal por forma a que se possa universalizar as 35 horas de trabalho semanal sem prejuízo da qualidade dos cuidados e em pleno respeito pelos direitos dos trabalhadores; a concretização de todos os planos para que o número de valências do CHBV se continue a expandir, dando seguimento à reversão de cuidados e serviços que vêm sendo prestados por privados por incapacidade do SNS; o estudo e avanço decidido no sentido de recuperar as instalações das três unidades do CHBV, melhorando-as e expandido-as, mantendo-as integralmente na esfera pública e o aprofundamento da qualidade e da interacção com todas as unidades de cuidados primários para garantir um melhor acompanhamento dos utentes de todos os concelhos e, simultaneamente, o desafogar do CHBV de casos cuja prevenção e/ou proximidade permitem que sejam resolvidos de outras formas”.


Diário de Aveiro


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