O Parque de Jogos da Gafanha da Encarnação já tem relvado sintético e os primeiros pontapés na bola confirmam o orgulho e a felicidade de jovens que passam a dispor de novas condições de treino a par de balneários com novas salas ao serviço dos escalões de formação.
Investimento municipal de 220 mil euros que o autarca de Ílhavo destacou como estruturante para o futuro da freguesia.
“É um grande dia porque o relvado vai ser ponto de partida para melhorar a formação. Quando decidimos investir 220 mil euros foi numa perspetiva de investimento na formação”, realçou Fernando Caçoilo que elogiou o trajeto dos clubes do concelho.
A cerimónia contou com a presença de autarcas locais, cidadãos e dirigentes desportivos de Beira-Mar e Gafanha que seguem com interesse o relançamento da atividade desportiva no Nege.
Mário Júlio, presidente do Nege, não escondia que a festa dos 40 anos, no dia 18 de Maio de 2017, já começou. “O processo vem de longa data. Muito foi feito em prol do Nege. Os beneficiários serão os jovens e a população”.
O dirigente assume que importante é reforçar o quadro diretivo com apoio assente no voluntariado. “Sem voluntariado não há associação. Em breve vamos fazer um desafio à população. Todos juntos temos dever de cuidar do Nege”.
Mário Júlio apelou à continuidade do investimento com objetivos bem definidos. “Requalificação da rede elétrica, iluminação e estação de tratamento de águas. Isto (relvado) mostra-nos as possibilidades de evolução”.
Augusto Rocha, presidente da Junta de Freguesia, lembra que o relvado foi pretexto para melhorar balneários e que a Junta deu o seu contributo.
“As condições dos balneários não eram as melhores e a Junta decidiu entrar no apoio à qualificação. Isto é importante para os jovens não se perderem. Quero agradecer a todas as direções que conseguiram manter o clube”.
No dia em que foi estreado o relvado ao som da Filarmónica Gafanhense, Augusto Rocha lembrou o património imaterial do Nege.
“Há duas semanas vi aqui um jovem a tirar fotografias. Era o neto do Ti Bolita, um dos maiores dirigentes do Nege. Tenho pena que ele e outros que já partiram não estejam aqui. O neto veio com o equipamento do Nege tirar fotos para levar para os EUA para o pai que também foi jogador do Nege”.
Um dia de convívio em que velhas glórias do Nege calçaram chuteiras para estrear o relvado. “Foi preciso 50 anos para jogar num campo de relva”, resumia Fernando Bodas, avançado que fez história nos anos 80.
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