Escavações arqueológicas no monte de São Julião desvendam passado da Branca. Cumprida a primeira semana de trabalhos arqueológicos no “Alto do Talegre”, em São Julião da Branca, os primeiros resultados começam a aparecer, confirmando o potencial histórico do sítio e abrindo novas frentes de pesquisa.
Com o contributo de mais de duas dezenas de arqueólogos, estudantes e outros voluntários vindos de todo o País, os primeiros cinco dias de escavação trouxeram já à luz do dia alguns dados promissores.
Segundo nota da autarquia, confirma-se a estrutura e preservação de uma espécie de muralha, feita com blocos de pedra e talude em terra que delimitava aquele povoado, datado dos finais da Idade do Bronze (cerca de 1000 a 800 anos antes de Cristo) esperando-se que os trabalhos em curso possam agora permitir que se perceba melhor a forma e aspeto da construção original.
Em local próximo, verifica-se que o monumento funerário pré-histórico detetado e que na campanha do ano passado fora objeto de exame muito pontual, conserva ainda largos troços da couraça pétrea que cobria o montículo tumular, parecendo corresponder a um monumento bem maior do que se pensava e porventura muito mais antigo que o povoado, elemento de extraordinária importância para a compreensão da ocupação humana naquele local durante os últimos três milénios antes de Cristo.
Prevê-se também a abertura de sondagens num outro ponto do monte onde às características cerâmicas manuais que se recolhem à superfície parecem associar-se restos de antigas construções.
Os trabalhos, que vêm sendo desenvolvidos nos últimos três anos têm o apoio financeiro e logístico do Município de Albergaria-a-Velha e são coordenados cientificamente pelo Centro de Arqueologia de Arouca.
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