O bairradino Nelson Oliveira, um dos três corredores da seleção olímpica de ciclismo, partiu, na última quinta-feira, para o Rio de Janeiro com a bagagem cheia de esperança e a olhar para o pódio nos Jogos Rio2016. A prova de fundo, um percurso em estrada com 248 quilómetros, disputa-se logo no sábado, dia 6 de agosto, um dia depois do início do evento, enquanto o contrarrelógio está agendado para 10 de agosto, numa prova em que apenas participará Nelson Oliveira.
Nelson Oliveira vai participar na prova de estrada para tentar alcançar o melhor resultado possível e ajudar Rui Costa a lutar por um lugar no pódio. No entanto, o foco de Nelson Oliveira está na competição de contrarrelógio, que se realiza quatro dias depois, 10 de agosto, da prova de fundo. “Não estou obcecado pelas medalhas, mas ficar entre os dez primeiros no contrarrelógio já seria um bom resultado. E prometo que vou deixar tudo na estrada para ajudar o Rui Costa”, expressou o ciclista da Movistar ao Sapo Desporto.
Esta é a segunda participação olímpica de Nelson Oliveira. Nos Jogos Londres2012, o corredor, natural de Vilarinho do Bairro, foi 18.º no contrarrelógio e 69.º na prova de fundo.
Recorde-se que, no início da semana passada, Nelson Oliveira já tinha referido que o seu objetivo na participação nos Jogos Olímpicos Rio2016 é ficar entre os dez primeiros classificados na prova de contrarrelógio. “O meu objetivo 100% é no contrarrelógio. Conquistar uma medalha não é uma obsessão e espero, se tudo correr bem, ficar nos dez primeiros. Tudo o vier daí é sempre bom”, disse o campeão nacional de contrarrelógio.
Nélson Oliveira falava aos jornalistas na unidade de investigação da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial, onde apresentou o equipamento da seleção olímpica de ciclismo e realizou um teste laboratorial de simulação das condições ambientais (temperatura e humidade relativa) do Rio de Janeiro.
O novo equipamento, que vai ser apenas usado nas provas de contrarrelógio e BTT, é ajustado às caraterísticas morfológicas de cada atleta, confere maior conforto e tem um peso 20% inferior aos anteriores. “Este fato é bastante melhor na aerodinâmica e o tecido é totalmente diferente, mais fresco”, disse o atleta, que realizou um teste laboratorial de simulação das condições ambientais (temperatura e humidade relativa) do Rio de Janeiro, numa câmara térmica criada para o efeito.
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