CIGANO MORDEU GNR

Um homem, de etnia cigana, de 31 anos, residente num acampamento de ciganos em Mamodeiro, Aveiro, mordeu, na penúltima terça-feira, o dedo a um militar da GNR quando foi detido na posse de heroína, cocaína e ainda de uma carta de condução falsificada, revelou ao Jornal da Bairrada fonte da GNR. Segundo a fonte, o cigano foi interceptado pela GNR, em Oiã, Oliveira do Bairro, no decorrer de uma operação de trânsito, a conduzir um ciclomotor, tendo mostrado uma carta de condução espanhola falsificada. A carta de condução apresentava uma fotografia plastificada do indivíduo, sem possuir carimbo e ainda com vários erros ortográficos. No entanto, o cigano mostrou-se mais preocupado com uma bolsa que transportava à cintura, o que levou os militares da GNR de Oliveira do Bairro a solicitar que mostrasse o seu recheio. Repentinamente retirou da bolsa um ovo de plástico, amarelo, abriu-o e tentou, em acto contínuo, engolir o conteúdo. O militar agarrou-lhe a mão, impedindo-o de engolir a droga. O indivíduo, não satisfeito, acabou por morder violentamente o dedo polegar do GNR. Mais tarde, e após tratamento médico, o militar descobriu que o cigano era portador de hepatite. No interior do ovo transportava 0,54 gramas de cocaína e 0,24 gramas de heroína que foram apreendidas. Foi ainda apreendido à ordem do processo o ciclomotor que conduzia e dois telemóveis que estarão, eventualmente, segundo a fonte, relacionados com a actividade da venda de estupefacientes. Apesar de ter sido dada voz de detenção, este homem continuou agressivo, esbracejando e esperneando ao mesmo tempo que tentava fugir. Só a colocação das algemas resolveu o problema. Segundo a fonte, o arguido terá cometido, de uma só vez, os crimes de condução ilegal, resistência e coação sob funcionário, falsificação de documentos, e ainda tráfico de menor gravidade, o que motivou que o mesmo permanecesse nos calabouços da GNR até ser presente ao juiz do Tribunal Judicial de Oliveira do Bairro. Após primeiro interrogatório, realizado na tarde do dia seguinte, o processo baixou a inquérito.
Diário de Aveiro


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