1 Não foi nada auspiciosa a estreia oficial das equipas bairradinas da edição 2004/05 dos campeonatos da segunda e terceira divisão. Duas derrotas, fora, dos secundários, outros tantos empates, de Anadia e Águeda, deixaram antever dificuldades na jornada inaugural. Mas vamos por partes. O Oliveira do Bairro fez a recepção ao Tourizense, novato nestas andanças, mas, por aquilo que a equipa em grande parte do jogo mostrou poderá tornar-se num caso sério. Os Falcões do Cértima nunca encontraram o antídoto necessário para contraporem ao futebol mais directo e dinâmico dos homens de Touriz. Perderam, e bem, embora a sorte e as decisões da arbitragem lhe tenham tirado um ponto. Melhor também não fez o Pampilhosa, em Abrantes, contra o conjunto local, que também fazia a sua estreia neste escalão. Mas neste jogo os ferroviários também não tiveram a sorte pelo seu lado. Falharam duas grandes penalidades, a primeira, quanto o resultado registava a diferença mínima. Depois do que fez na época passada, as promessas, estrutura reforçada e a boa campanha na pré-época, adivinhava-se na estreia um Anadia autoritário, personalizado, para mais jogando em casa. O Gafanha não foi pelos ajustes e garantiu excelente empate. Também em casa, o Águeda desperdiçou dois pontos, frente ao candidato Valecambrense. Uma estreia intermitente, aliás como a dos outros, mas mesmo assim satisfatória para os Galos, que após as dificuldades vividas para encontrar um solução directiva, arranjaram uma equipa em tempo curto. Não foi por acaso que os seus dirigentes pretenderam adiar o jogo, mas o seu adversário não aceitou. 2 O objectivo principal de Oliveira do Bairro e Pampilhosa é a manutenção. Para que tal aconteça, é necessário não perder muitos pontos em casa e conquistar alguns fora, para compensar os eventuais perdidos em casa. Por tudo isto, dado que ambos jogam em casa, o seu pensamento só poderá passar pela vitória. Os Falcões recebem o renovado Caldas, que conta com uma equipa extremamente jovem, que começou bem o campeonato, adversário que costuma causar sempre grandes dificuldades quando joga em Oliveira do Bairro. Compete à equipa de Rui França ser mais astuta no ataque, um meio campo mais personalizado e uma defesa que não cometa erros. O Pampilhosa fará a recepção ao Esmoriz, adversário que foi a sensação do anterior campeonato. A equipa de Francisco Baptista perdeu algumas unidades influentes, mas será sempre um opositor difícil de ultrapassar. Aquilo que se pede à equipa de Amândio Barreiras é concentração. Foi o que faltou em Abrantes. A Terceira Divisão começou, mas logo pára, para dar lugar à primeira eliminatória da Taça de Portugal. Mas acreditamos que ninguém dará por falta do campeonato, pois o fervilhante Anadia – Marialvas, duas equipas históricas e que há muito não se encontram, poderá atrair muito público ao Municipal de Anadia, como um bom espectáculo. Os Trevos são os favoritos. Os de Cantanhede estão na distrital, mas reforçaram-se a pensar no regresso às competições nacionais. O Águeda recebe opositor do seu campeonato, o Poiares, que subiu aos nacionais na época passada. O equilíbrio poderá ser a tónica deste encontro, mas os Galos, decerto mais entrosados, têm todas as condições para chamar a si as contas da eliminatória. O representante da AFA, o Valonguense, de Augusto Semedo, joga em Vila Nova de Cerveira, com a equipa local. Não se compreende como é que a equipa de Arrancada do Vouga foi colocada na Zona Norte. Longa viagem, adversário mais ou menos complicado. O favoritismo vê-se dentro do campo. Diário de Aveiro |
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