UNIVERSIDADE INDEPENDENTE FUNDE-SE COM IPAM |
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| A Universidade Independente (UNI), com mais de três mil alunos, e o Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM), com dois mil estudantes, fundiram-se hoje numa única instituição, transformando-se assim na terceira maior escola de ensino superior particular.
Esta operação irá assim congregar mais de cinco mil alunos distribuídos por Lisboa, Porto e Aveiro, o que, em termos de população escolar, colocará as duas escolas ao nível das universidades Lusíada e Lusófona, as maiores no panorama do ensino superior privado.
Em declarações à Agência Lusa, o vice-reitor da Universidade Independente, Rui Verde, explicou que os nomes das duas instituições mantêm-se, mudando apenas a designação da entidade que passa a gerir as duas escolas, ainda por definir.
A SIDES e a ENSIGEST são, respectivamente, as entidades instituidoras da Universidade Independente e do Instituto Português de Administração de Marketing.
Rui Verde é um dos grandes defensores da fusão de instituições, considerando tratar-se do futuro do ensino superior em Portugal, quer no privado quer no público.
A intenção de avançar com processos de fusão tem sido mesmo uma tónica na direcção da Universidade Independente, que iniciou o processo com a tentativa de o fazer com a Universidade Moderna.
O processo de fusão com a Moderna foi abandonado pelo Conselho Geral da entidade instituidora da Independente em finais de Janeiro de 2002, mas foi manifestada a intenção de continuar o projecto com outra escola de ensino superior que tivesse ensino politécnico.
Em Outubro do mesmo ano, a UNI avançou para um processo de parceria com o Instituto Superior Politécnico de Gaya (Vila Nova de Gaia), com 900 estudantes, para desenvolver cursos universitários nas áreas tecnológicas.
Esta parceria pretendia criar sinergias entre as actividades de ensino e de investigação entre as duas instituições, reunindo experiências ao nível dos professores e da gestão.
Quase dois anos depois, a Universidade Independente volta a apostar na fusão, agora com o IPAM, uma instituição existente há 20 anos que, segundo Rui Verde, irá permitir uma facturação de 13 milhões de euros.
"Fizemos um estudo para localizar potenciais parceiros com interesse e o IPAM aparecia em primeiro lugar, entrámos em negociações e iniciámos o processo", explicou.
O vice-reitor da UNI defende que a concentração, acompanhada do reforço da necessária gestão profissional da instituição, conseguirá um melhor aproveitamento dos recursos financeiros, permitindo um maior investimento, quer ao nível das instalações e equipamentos, quer ao nível da formação do próprio quadro docente.
Caetano Alves, presidente da Ensigest (Instituto Português de Administração de Marketing), sustenta que as operações de concentração do ensino superior são inevitáveis, tendo em conta a redução demográfica e a diminuição do número de alunos.
"Encontrámos na SIDES um parceiro com características de gestão próximas das nossas", disse.
Diário de Aveiro |
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