Tom de protesto por parte dos vereadores da oposição sobre o que consideram falta de informação a propósito da aquisição de terrenos da Câmara de Vagos. Maria do Céu Marques e Ana Maria Vasconcelos acusam o autarca Silvério Regalado de se refugiar na lei em competências do autarca mas dizem que decidir a compra não é o mesmo que revelar informação sobre essas aquisições. A vereadora do PP admite que seria importante ter essa informação (com áudio).
Silvério Regalado escudou-se na Lei para justificar os métodos e criticou o discurso da Vereadora da oposição pelas suspeições levantadas. O autarca lamentou a forma como a vereadora se referiu às aquisições.
“Todas as aquisições que a Câmara faz até um certo montante são competência própria do presidente. Não lhe dou conhecimento disso como não dou de milhares de aquisições que a CMV faz por ano porque não tenho que dar. Quando damos muita informação é porque é muita informação e não conseguem ler, quando nos limitamos a cumprir a lei acha que devemos ir além da lei. Faz parte do quadro de competência do presidente e não da Câmara. O presidente exerce as competências na plenitude. Se trouxesse à CMV uma aquisição de qualquer coisa que não fosse da competência da autarquia há juristas que defendem que essa decisão seria nula”.
Ana Maria Vasconcelos não gostou da resposta e saiu em defesa da vereadora do PP para reclamar mais informação. A vereadora do PS diz que há questões que estão para lá da lei.
“Estou aqui em espírito de colaboração e defesa dos interesses da comunidade mas isso pressupõe ter informação. Penso que da parte da Câmara deve haver transparência. Não gostei da forma como respondeu e não tem razão quando diz que não tem de dar informação. Tem que dar nem que mais não seja por dever moral”.
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