CONCURSO PREMIOU OS MELHORES VINHOS DA BAIRRADA

O jantar comemorativo das Bodas de Prata daquela que é a Confraria mais antiga de Portugal – a dos Enófilos da Bairrada – serviu de palco à entrega dos prémios do 24º concurso que esta Confraria atribui, anualmente, aos melhores vinhos da Região Demarcada da Bairrada. O evento que teve lugar na passada sexta-feira, dia 11 de Junho, no Palace Hotel da Curia, contou com a presença do Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, Fernando Bianchi de Aguiar. Foi em ambiente de festa que se realizou não apenas mais um jantar de aniversário da Confraria, mas “aquele” aniversário, não tivesse a Confraria dos Enófilos da Bairrada completado Bodas de Prata, que lhe confere o estatuto de Confraria mais antiga de Portugal. Paralelamente, o evento voltou a premiar os melhores vinhos da colheita do ano transacto, destacando-se aqui com o melhor vinho branco, a Adega Cooperativa da Mealhada e com o melhor vinho tinto, as Caves Messias. Durante o jantar foram ainda recordados os confrades fundadores, bem como os confrades honorários que têm ajudado a construir as páginas da história da vida da Confraria. Uma festa que na mesa de honra contou com caras bem conhecidas, nomeadamente do actor Ruy de Carvalho; Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, Fernando Bianchi de Aguiar; Luiz Costa, “mentor e ideólogo” da Confraria; Adriano Aires, presidente da Estação Vitivinícola da Bairrada; Leonel Amorim, da Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral; Luís Pato, presidente da Confraria dos Enófilos da Bairrada; Acílio Gala, autarca da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, (mais tarde, já durante o jantar juntar-se-ia à mesa o autarca de Anadia, Litério Marques); João Machado, em representação da CAP; João Casaleiro, presidente da Comissão Vitivinícola da Bairrada e o presidente da Assembleia Geral da Confraria, Adelino Ferreira Silva. Fundamental e determinante na criação da região Demarcada da Bairrada Na hora dos discursos, Carlos Campolargo (em nome dos premiados) falou da evolução, crescimento e amadurecimento de uma Confraria que foi “fundamental e determinante na criação da região Demarcada da Bairrada. Por outro lado, este produtor-engarrafador não deixaria de sublinhar a “importância da alteração dos Estatutos da Região Demarcada” que, se por um lado poderá ser muito bom e positivo, tem também os seus perigos: “permite que tudo o que de melhor e pior se faz venha a estar associado aos vinhos Bairrada”. ACTIVIDADE AUTO-SUSTENTADA E NÃO ARTIFICIALMENTE SUSTENTADA Por seu turno, Luís Pato não deixaria de num momento de festa como este dirigir uma especial palavra a Luiz Costa “pai, mãe, ideólogo e mentor da Confraria que ajudou a fundar”. Para o presidente desta “congregação” celebrar 25 anos de vida “tem o seu mérito, não sendo, portanto, para todos. Apenas para os melhores”. Um quarto de século que começou a ser comemorado ao longo do dia com um colóquio “enriquecido pelo saber de oradores de reconhecido mérito nacional e internacional”, mas que, infelizmente, não foi um entusiasmo nem estímulo para os agentes económicos bairradinos que, em muitos casos, primaram pela ausência. Luís Pato mostrava assim o seu descontentamento pelo afastamento dos responsáveis pelo sector na região, de eventos que deveriam ser acarinhados por todos, já que se tratam de iniciativas que visam ajudar a colocar, de novo, o nome da região entre as mais importantes do país. Para este responsável “só com trabalho árduo, esforço e empenhamento será possível conquistar um lugar nos mercados internacionais”. E, porque o futuro está “nas mãos dos homens da Bairrada, estes devem começar a ver a actividade agrícola como uma actividade que não pode, nem deve estar dependente dos apoios do Estado ou de Bruxelas, devendo sim ser auto-sustentada e não artificialmente sustentada”, até porque, como acrescentaria “será a única forma de poder ser reivindicativo junto do Poder Central”. Por último, para o Secretário de Estado, Bianchi de Aguiar “os 25 anos da Confraria celebram o serviço prestado na valorização da qualidade do trabalho dos produtores da região e da matéria-prima”. Como diria ainda “a Confraria soube servir a região, valorizar os seus produtos, sem esquecer a componente cultural”, daí ter, sempre “desempenhado um trabalho útil e necessário ao longo da sua existência”. Acrescente-se ainda que para comemorar tão significativa data a Confraria editou um livro sobre a sua já longa história (1979-2004), da autoria de Mário Jorge Santiago; uma medalha e uma placa, em porcelana, comemorativa dos 25 anos. Três “recordações” que podem ser adquiridas por todos os interessados junto da direcção da Confraria dos Enófilos da Bairrada. Catarina Cerca “Os melhores vinhos da Bairrada – colheita de 2003” Vinhos Brancos Vitivinicultores Individuais Medalha de Ouro – Quinta da Mata Fidalgo; Quinta do Ortigão Medalha de Prata – Quinta do Ferrão Adegas Cooperativas Medalha de Ouro – Adega Cooperativa da Mealhada Medalha de Prata – Adega Cooperativa de Vilarinho do Bairro; Adega Cooperativa de Cantanhede Empresas Industriais Medalha de Ouro – Caves Primavera Medalha de Prata – Caves Messias; Caves Aliança Vinhos Rosados Medalha de Prata – Caves Primavera; Adega Cooperativa de Cantanhede; Quinta do Ortigão Vinhos Tintos Vitivinicultores Individuais Medalha de Ouro – Manuel dos Santos Campolargo; Quinta de Baixo Medalha de Prata – Quinta da Rigodeira; Quinta da Mata Fidalgo; Quinta do Ortigão Medalha de Bronze – Alberto Silva Marques; Maria Gisela Simões Mariz Santiago; Quinta da Póvoa Adegas Cooperativas Medalha de Ouro – Adega Cooperativa de Cantanhede Medalha de Prata – Adega Cooperativa de Vilarinho do Bairro, Adega Cooperativa da Mealhada e Adega Cooperativa de Souselas Empresas Industriais Medalha de Ouro – Caves Messias; Caves Primavera Medalha de Prata – Caves Aliança
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