CENTRO CULTURAL E DESPORTIVO DE COUVELHA COMEMOROU 79 |
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O Centro Cultural e Desportivo de Couvelha esteve em festa no passado sábado, dia em que comemorou 79 anos da sua fundação.
Para assinalar importante data, a direcção do clube promoveu um jantar convívio, na sede social, tendo reunido em seu redor 220 pessoas, um número de fazer inveja a muitos clubes da nossa região.
Nos intervalos do jantar foram muitos os presentes, nomeadamente os atletas que disseram, alto e em bom som, que o Couvelha é o clube da amizade, que a dedicação de quem o serve não tem limites de tempo nem de estratégia.
Talvez por isso, à nossa volta, é o único clube que elege os seus corpos gerentes através de nomeação. Depois, aceitam ou não, mas na generalidade todos dizem que sim ao convite que lhe foi feito pela anterior direcção.
Foi o que aconteceu a António Simões, das construções Marvoense, que é o patrocinador da equipa há dois anos. Falta apenas limar algumas arestas, mas é praticamente certo que António Simões será o futuro presidente do Couvelha, substituindo no cargo Vítor Pinhal, que irá continuar noutras funções.
A estabilidade directiva neste clube tem sido uma das suas principais bandeiras. O grupo de trabalho tem sido escolhido em função da tal amizade que reina entre todos e, quando todos remam para o mesmo lado, é possível haver organização e bons resultados, não só desportivos, mas também financeiros.
No distrital da II Divisão, o Couvelha classificou-se num honroso sexto lugar e, a nível financeiro, a direcção teve um lucro de seis mil euros, dinheiro que será todo canalizado para a renovação da sede social, que entrou em obras na passada segunda-feira e reabrirá no dia 5 de Junho. Obras essas que passam pela compra de uma câmara frigorífica, aumento do balcão do bar, revestir as paredes com 1.20 metros de azulejo, compra de um projector de ecrã gigante e mais qualquer coisa.
PRÓXIMA ÉPOCA GARANTIDA
Foi linda a festa de aniversário, abrilhantada pelo conjunto C.C. Band, que deu ainda mais colorido ao ambiente.
No final do repasto, Vítor Pinhal mostrava o seu regozijo pelo facto do Couvelha ter cumprido com os seus objectivos, que o clube tinha todos os sinais de continuidade, pois a direcção estava quase encontrada, salientando a importância desse facto para o clube e para a terra.
O presidente agradeceu, sem excepção, a todos os que colaboraram na época desportiva, desde ao roupeiro, dona Dores, plantel, equipa técnica e ao patrocinador, de um clube que está mais forte há dois/três anos para cá, graças à acção de António Simões.
Cortado o bolo de aniversário e cantados os parabéns, Vítor Pinhal, em declarações exclusivas a Bairrada Desportiva, falou da época e de outros assuntos da vida do clube.
Sobre o balanço, o presidente considera-o extremamente positivo: “No início da época traçámos um objectivo que era uma classificação entre o sexto e o sétimo classificado. Cumprimos esse objectivo, o trabalho de todos foi excelente, o que nos permitiu chegar ao final com saldo positivo, suficiente para renovar a sede social”.
O saldo foi de seis mil euros. Como foi possível? Vítor Pinhal deu a resposta: “Através de muito trabalho e dedicação dos directores, patrocinador, excelentes receitas de bilheteira, torneios de sueca, bar do Centro, assim como da excelente colaboração dos amigos do clube, que nos jogos fora de casa pagaram praticamente (excepção três/quatro) todos os almoços/jantares aos jogadores”.
Com um saldo bem positivo, logo para um clube da distrital, sem grandes meios financeiros, o conseguido foi ouro sobre azul: “Há a certeza que o Couvelha irá ter futebol na época 2004/05. Já tem direcção, só falta alinhavar pequenos detalhes para começar a trabalhar”, sublinhou Vítor Pinhal.
Com todas estas certezas, o ainda presidente do Couvelha fez uma confissão: “Em 79 anos de existência, o clube nunca acabou com a prática do futebol. No concelho, só nós e o Anadia é que ostentamos esse estatuto, o que nos deixa extremamente satisfeitos. Sabemos que é cada mais difícil arranjar direcção. Por vezes, temos que recorrer a meios exteriores, pois a terra é pequena, o apoio é pouco, as escolhas para dirigentes tornam-se difíceis, dado que, muitas das vezes, temos que servir o clube por mais de uma vez”.
Nada que arrefeça os ânimos de um clube familiar, cada vez mais forte, pujante, e com pernas para andar.
Manuel ZappaDiário de Aveiro |
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