UM DIA ABERTO PARA DIFUSÃO DE CONHECIMENTOS |
---|
| |
Leonel Amorim, director regional de Agricultura da Beira Litoral, defendeu, na última segunda-feira, no âmbito de um Dia Aberto da Estação Vitivinícola da Bairrada (EVB), que a difusão dos conhecimentos adquiridos em viticultura devem ser transmitidos o mais rapidamente possível. “Hoje podem ser válidos e amanhã já estarem desactualizados”.
A EVB, estrutura centenária da direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral, em articulação com a Universidade Técnica de Lisboa - Instituto Superior de Agronomia e a Universidade de Aveiro, divulgou, nesse mesmo dia, os resultados obtidos no âmbito dos Projectos Agro DE&D, em que está envolvida.
“TRANSMITIR CONHECIMENTOS”
Segundo Leonel Amorim, a Direcção Regional tem feito um esforço e tem procurado intensificar a difusão dos conhecimentos adquiridos.
Este responsável defendeu ainda que as sessões de informação “são de facto estratégias na gestão de qualquer actividade”, sublinhando que “a região da Bairrada tem todo o tipo de informação à sua disposição, uma vez que EVB congrega todos os serviços do Ministério da Agricultura”. “EVB tem uma estrutura de fileira, o que é importante para o sector vitivinícola que tem particularidades”, reforçou.
O director salientou ainda ser muito importante a aquisição de conhecimentos, através da formação profissional. “Temos um sector capaz de ter uma atitude pró-activa, que é competente para dizer quando é necessária a formação profissional em determinadas áreas”.
“É IMPORTANTE DISCUTIR OS RESULTADOS”
Por seu lado, Adriano Aires, responsável pela EVB, disse ao Jornal da Bairrada que “este encontro visou essencialmente dar a conhecer os conhecimentos adquiridos nas universidades e que nos compete a nós divulgar e transformar numa linguagem mais tecnológica”.
“É importante discutir estes resultados com a massa mais crítica, mormente técnicos, associações do sector e vitivinicultores da região da Bairrada”, acrescentaria.
Adriano Aires explicou ainda que, durante este “Dia Aberto”, se cria “uma saudável convivência que poderá levar à criação de ligações entre empresários”.
“Fazemos um esforço no sentido da mobilização, uma vez que somos os agentes do desenvolvimento e precisamos de incutir e de mostrar que é possível fazer algo de diferente”, acrescentaria. Ora, “é intenção debater um conjunto de conhecimentos, recentemente adquiridos com a experimentação, importantes para a qualidade do produto final, e que podem influenciar a competitividade no sector”, sublinharia ainda este responsável, para quem, de resto, é de elevada importância a apresentação de cinco projectos que foram co-financiados pela União Europeia, lamentando, no entanto, que, no segundo concurso, nenhum projecto tenha sido aprovado, apesar da qualidade de três”. “Temos que aceitar quem decide”, diria.
Tema de análise foi ainda a problemática da pesquisa do “suor de cavalo” nas castas. Uma pesquisa feita a nível de microbiologia e química para a identificação das substância voláteis que dão esse aroma.
Os presentes ainda tiveram oportunidade de conhecer a aptidão das castas da Bairrada para a elaboração de espumantes e a incidência da maceração e da maturação na qualidade dos vinhos da Bairrada.
O “Dia Aberto” terminou com uma visita acompanhada às várias linhas de trabalho em curso, na EVB: condução da videira, manutenção do solo, fertilização, avisos e sanidade da videira e potencialidade enológicas de algumas castas tintas.
Os participantes tiveram ainda oportunidade de provar cinco castas, de forma individual, para que pudessem conhecer o sabor individual de cada uma delas.
Diário de Aveiro |
|
|
|