15 MILHÕES DE EUROS INVESTIDOS EM EMERGÊNCIA MÉDICA |
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O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) investiu 15 milhões de euros na preparação da assistência ao Campeonato Europeu de Futebol Euro2004, dos quais quase 12 milhões em equipamento e tecnologia, revelou hoje o secretário de Estado da Saúde.
Carlos Martins, que se deslocou à comissão eventual de acompanhamento do Euro2004 da Assembleia da República, manifestou- se globalmente satisfeito com a resposta dos serviços do Ministério da Saúde na preparação do evento desportivo e assegurou que "as estruturas da saúde estão prontas, a tempo, para as respostas necessárias".
O único aspecto em que os objectivos não foram alcançados diz respeito à continuação da exclusão da região do Alentejo do sistema de comunicação centralizado do INEM, a cargo dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU).
"Não houve capacidade técnica para resolver ainda o problema do Alentejo", afirmou Carlos Martins, asseverando que a comunicação de emergência na região vai "funcionar com meios móveis de telecomunicações" durante o Euro2004.
Os CODU abrangem actualmente 80 por cento do país e a 01 de Julho a sua cobertura é alargada a Vila Real e Bragança, indicou.
As respostas do secretário de Estado pareceram agradar à oposição, já que as intervenções dos deputados se limitaram a questões muito pontuais e sem críticas ao projecto desenvolvido.
Na área da emergência médica, um dos sectores de intervenção contemplados no "Plano Integrado de Intervenção do Ministério da Saúde no Euro2004", apresentado a 15 de Março pelo ministro da pasta, Carlos Martins revelou ainda que estarão presentes meios humanos do INEM nos dez estádios do Euro, cujo número varia entre 72 elementos (Braga) e 105 (estádio da Luz, em Lisboa).
As equipas presentes nos estádios são constituídas por médicos, enfermeiros, um cardiologista e um psiquiatra, entre outros profissionais de saúde, e o custo da intervenção em emergência médica em cada estádio ronda os 25 a 30 mil euros, precisou o governante.
O investimento realizado na área da saúde incluiu ainda a criação de uma reserva estratégica de medicamentos, com vacinas, antídotos para vários agentes e medicamentos para situações de trauma, e implicou um custo de um milhão de euros.
Carlos Martins revelou que o custo estimado total da reserva é de 11 milhões de euros e que esta continuará a existir depois do evento, de forma a responder a outras necessidades.
Quanto aos hospitais, Carlos Martins revelou que dos 12 hospitais analisados pela Inspecção Geral da Saúde em Janeiro deste ano, apenas um tem ainda o seu plano de emergência por concluir.
Dos 49 hospitais seleccionados para apoiar o Euro2004 em todo o país, 34 têm os planos de emergência concluídos e seis estão em fase de conclusão.
A preparação para o Euro2004 das estruturas hospitalares implicou a realização de obras de melhoria nos serviços de urgência das unidades de Braga, Guimarães, Torres Vedras, Évora, Faro e Portimão.
Por concluir estão ainda as obras nas unidades de Aveiro, que não vai estar pronta a tempo do Euro2004, e nos Hospitais da Universidade de Coimbra, que reabrem o seu novo serviço de urgência a 08 de Junho.
Diário de Aveiro |
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