A Quercus volta a alertar para as consequências da gestão das margens dos rios e ribeiras. Lembra que a Lei da Água estabelece a necessidade de implementar medidas de conservação e de reabilitação da rede hidrográfica e zonas ribeirinhas que garantam o bom estado ecológico; as condições de escoamento da água e sedimentos (cascalho, areias, lamas, etc.) em situações normais e extremas e a minimização das situações de risco para pessoas e bens, em situações de cheia.
Preocupada com a degradação das margens dos cursos de água, com deposição de resíduos nas suas margens, proliferação de espécies invasoras (acácia) e ocupação indevida dos leitos de cheia (plantação de eucaliptos e construções ilegais), a Quercus continua a denunciar “intervenções nas margens dos rios e ribeiras que não respeitam as mais básicas regras e recomendações técnicas”. “O corte de toda a vegetação ripícola deixa as margens desprotegidas contra a erosão e a destruição dos canais”.
A Quercus defende que o Plano de Gestão das Região Hidrográfica do Vouga, Mondego e Lis, atualmente em fase de análise pública, deve ser um documento estratégico na gestão das bacias hidrográficas e as suas diretrizes deverão refletir-se na realidade prática dos diversos utilizadores dos recursos hídricos. Pede a clarificação das competências das várias entidades envolvidas e para isso defende que deve haver um processo participado com a sociedade civil.
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