A Revista “Albergue – História e Património do Concelho de Albergaria-a-Velha” constituída por 11 artigos, de diversos períodos históricos compreendidos entre a Idade do Bronze e a primeira metade do século XX, teve apresentação este fim de semana. Nas palavras do Presidente da Câmara, António Loureiro, uma participação tão elevada vem confirmar “a riqueza do património do Concelho de Albergaria-a-Velha”.
Delfim Bismarck, Vice-Presidente da Autarquia e diretor da “Albergue”, afirmou que a revista cumpre “a missão de veículo de inventariação, preservação, valorização e divulgação do Património do Concelho”. O diretor da revista, que também é historiador, apresentou os temas abordados nos vários artigos, assuntos tão diversos que vão desde a arqueologia, com os resultados preliminares sobre as escavações que puseram a descoberto um povoado na Branca, anterior à ocupação romana, até à arquitetura Arte Nova, na viragem do século XX, passando por algumas personalidades menos conhecidas no Antigo Regime.
Delfim Bismarck referiu que existem mais autores que manifestaram a vontade de enviar trabalhos para o terceiro número da revista. Alguns investigadores que têm os seus trabalhos publicados no número 2 da “Albergue” estiveram presentes na Biblioteca Municipal e puderam explicar alguns dos resultados dos seus estudos.
O arqueólogo António Manuel Silva, responsável pelos artigos sobre as escavações arqueológicas em Cristelo e São Julião da Branca, falou dos primórdios das escavações no Concelho, que remontam à década de 1980, e que revelaram a existência de uma ocupação pré-romana na freguesia da Branca. O investigador realçou que a arqueologia não é um trabalho de um ou dois anos, mas de décadas, e referiu o papel importante do arqueólogo João Luís Inês Vaz, que orientou as primeiras escavações e ajudou a sensibilizar a população local para a preservação do local em Cristelo, para que os vestígios arqueológicos não fossem destruídos.
Já o historiador Mário José Costa da Silva recordou o Padre Dr. Dionísio Gomes de Almeida, um Albergariense nascido no século XVII, que foi arcipreste e familiar do Santo Ofício, o equivalente a um magistrado eclesiástico. Reunindo em si o poder temporal e espiritual, exerceu bastante influência na época e viu a sua sobrinha casada com um membro da nobreza rural de Montemor-o-Velho.
A revista “Albergue – História e Património do Concelho de Albergaria-a-Velha” tem o preço de capa de dez euros e pode ser adquirida na Biblioteca e Arquivo Municipais.
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