O presidente da República indigitou Pedro Passos Coelho para formar Governo e diz que a alternativa trabalhada à Esquerda é "inconsistente" e que pode acarretar consequências mais graves do que as consequência de formação de um governo sem maioria formado pelos partidos da coligação Portugal à Frente. Em anúncio feito, esta quinta, pouco depois das 20h, Cavaco Silva justificou a opção com a tradição portuguesa. “Tive presente que nos 40 anos de democracia portuguesa a responsabilidade de formar Governo foi sempre atribuída a quem ganhou as eleições”.
O Presidente da República lamentou ainda que PS, PSD e PP não tivessem conseguido um acordo de estabilidade. “Lamento profundamente que, num tempo em que importa consolidar a trajetória de crescimento e criação de emprego e em que o diálogo e o compromisso são mais necessários do que nunca, interesses conjunturais se tenham sobreposto à salvaguarda do superior interesse nacional”.
Cavaco Silva não esconde que a aliança trabalhada por PS, PCP e BE encerra divergências de fundo e não dá garantias. “A observância dos compromissos assumidos no quadro da Zona Euro é decisiva, é absolutamente crucial para o financiamento da nossa economia e, em consequência, para o crescimento económico e para a criação de emprego. Fora da União Europeia e do Euro o futuro de Portugal seria catastrófico”.
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