D. António Moiteiro completou no dia 13 de setembro um ano como Bispo de Aveiro e setembro fica ainda assinalado como mês da deslocação a Roma para “visita ad limina”. Entrevistado por Jorge Ferreira, do jornal Correio do Vouga, o Bispo de Aveiro falou sobre o encontro com o Papa Francisco.
“No encontro com o Papa percebemos verdadeiramente que o Papa é um pai. Posso revelar, não é sigilo, que o Papa começou por nos dizer: ´Estai à vontade. Colocai todos os problemas que entenderdes. Estamos todos à vontade. Até podeis criticar o Papa`. Não surgiram críticas, mas apresentamos os nossos problemas. Ficou-me a impressão de paternidade e ao mesmo tempo de colegialidade. Eu, bispo, senti-me sucessor dos apóstolos. Não me senti como um delegado, mas como aquele é o pastor que o Espírito colocou nesta igreja para, juntamente com o Papa, em comunhão eclesial, a construirmos. Foi um sentimento forte. Não somos delegados, somos bispos nas nossas dioceses como ele é Bispo de Roma. O segundo ponto que realço foi a clarividência com que o Papa tocou em alguns dos aspetos fundamentais da nossa vida de Igreja portuguesa. No discurso falou-nos fundamentalmente da juventude, inserida na catequese, na revitalização da fé e na sinodalidade”.
O Bispo de Aveiro falou da Diocese e apresentou Aveiro ao Papa. “Na ordem alfabética, a Diocese de Aveiro é a primeira. Eu estava do lado esquerdo do Papa. Depois do arcebispo primaz, eu apresentei a diocese. Disse que somos uma diocese à beira mar, restaurada em 1938, que eu era bispo recente na nomeação e na tradição apostólica. Falei da juventude, disse que temos uma população jovem, falei da universidade, polo de tração para os jovens, e falei da preocupação de cada bispo, que é santificação do presbitério e das vocações”.
Um ano depois da chegada a Aveiro, D. António Moiteiro revela que já tem um conhecimento mais aprofundado da realidade. “Este ano foi de conhecimento. Não conhecia da Diocese. Neste momento, posso afirmar que conheço geograficamente bem a diocese. A nível de padres e diáconos, há uma relação de família e de amigos. E conheço bastantes leigos que trabalham aqui e ali, nas paróquias, nos serviços e movimentos”.
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