O Bloco de Esquerda reage às dúvidas em torno da realização do TugaFest, em São Jacinto, e, lamentando a “embrulhada” e “má publicidade para Aveiro” em que se transformou a organização defende a “revogação da isenção municipal de 10 mil euros atribuída ao promotor privado do festival”. Entre o cancelamento e o adiamento, a certeza é que o TugaFest não irá começar esta quarta, data prevista para o evento que privilegia a música portuguesa. Nas últimas semanas, 4 dos 5 cabeças de cartaz do festival cancelaram a sua participação alegando falta de pagamento.
O BE lembra que o incumprimento do promotor não acontece só em relação aos músicos mas também em relação ao público, “nomeadamente aos que compraram bilhete antecipadamente” e em relação à autarquia que atribuiu benefícios fiscais.
No início do junho, o Bloco contestou a isenção de 10 mil euros concedida pela autarquia ao promotor privado salientando que não fazia sentido “prescindir destas receitas legítimas ao mesmo tempo que aumenta os impostos à população”. “Não faz sentido a isenção a esta entidade com fins lucrativos quando várias associações em Aveiro enfrentam dificuldades e não tem isenções nem acesso a infraestruturas”, conclui o BE.
O envolvimento de Ribau Esteves na apresentação não é esquecido pelo BE que vê na ação do autarca uma tentativa de aproveitamento. A concelhia de Aveiro do BE acusa a governação de gerir a pensar na “imagem”. “Esta é uma marca da governação da maioria PSD/CDS-PP e do seu presidente: incapacidade de produção própria, sorriso para as câmaras em iniciativas alheias na tentativa de colagem, lavar as mãos quando algo corre mal”.
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