O Bloco de Esquerda afirma ter recolhidos dados em 3 dos 4 agrupamentos de Centros de Saúde no Distrito de Aveiro e diz que há casos em que as estruturas têm perto de meia centena de desempregados a desempenhar funções que caberiam a funcionários. Moisés Ferreira, cabeça de lista por Aveiro às Legislativas, diz que o partido já levantou a questão junto da Assembleia da República para ouvir a tutela. Fala em abuso num quadro que não favorece a redução do desemprego e "mascara" os dados vindos a público na semana passada (com áudio).
Moisés Ferreira e a mensagem do BE contra o recurso a desempregados nos centros de saúde. Os dirigente do BE contestam a informação divulgada pelo INE que coloca o desemprego pouco acima dos 12%. Salientam que a forma como se processo o “uso” de desempregados configura “abuso”.
“Estar a mobilizar desempregados que vão trabalhar de graça porque estão a receber o subsídio, sem contrato de trabalho, sem retirada do desemprego mas explorado a ocupar um posto de trabalho sem contrato, isso é abusivo. Se se utiliza uma pessoa em fragilidade social e se obriga a pessoa a ir trabalhar, sem receber salário, e que no final do tempo voltará ao desemprego e se calhar sem subsídio isso é exploração abusiva”.
Segundo dados avançados pelo BE, o Ministério da Saúde revelou que existem 41 pessoas nestas condições no Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga, 39 no Agrupamento Feira/Arouca e 53 no Agrupamento Entre Douro e Vouga II, não tendo ainda revelado os dados referentes ao Agrupamento Espinho/Gaia. Nos dados apurados há 133 desempregados a trabalhar em 3 dos 4 agrupamentos de centros de saúde do distrito.
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