O Complexo Químico de Estarreja (CQE) recebe na próxima segunda-feira o Eurodeputado português Carlos Zorrinho (o único membro português permanente da Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia do Parlamento Europeu). A iniciativa "pretende sensibilizar o político para a necessidade de redução dos preços energéticos em Portugal, cuja situação coloca em grande desvantagem competitiva a indústria química nacional no contexto europeu e mundial". As cinco empresas do CQE – Air Liquide, AQP, CIRES, CUF-QI e Dow Portugal, que contribuem com 400 milhões de euros anuais para as exportações nacionais, "enfrentam dos mais elevados preços de energia" da Europa.
Promovida pelo Painel Consultivo Comunitário do Programa Actuação Responsável de Estarreja, a iniciativa "dará a conhecer" as empresas que integram o CQE, "a sua interligação em termos de fornecimento de matérias-primas e os factores determinantes para a sua competitividade, nomeadamente os preços da energia elétrica e do gás natural. A indústria química de Estarreja actua no mercado único europeu com empresas concorrentes que têm custos energéticos entre 20 a 40% mais reduzidos, colocando em causa a sua capacidade competitiva".
As empresas químicas de Estarreja "têm vindo a atenuar esta desvantagem competitiva com aplicação contínua de tecnologia para a melhoria de eficiência produtiva, através de uma maior racionalização de consumos. Apesar da tendência de deslocalização para mercados emergentes, o setor tem conseguido não só reter a produção em Estarreja, como aumentar. Em 2009, o CQE investiu cerca de 250 milhões de euros para duplicar a capacidade produtiva da cadeia de poliuretano, um projeto considerado PIN (Projeto de Interesse Nacional). Porém, as empresas vêm alertar para a situação de perda de competitividade e para a necessidade urgente de corrigir estas distorções nos custos da energia", é referido em CI.
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