A Associação dos Amigos do Museu de Aveiro fala em “profunda preocupação” com os termos constantes do Contrato Interadministrativo de Delegação de Competências entre a Presidência do Conselho de Ministros e a Câmara Municipal de Aveiro para a Gestão do Museu de Aveiro. Repete argumentos veiculados no dia 24 de Junho depois de uma Assembleia Geral em que contestou a opção pela municipalização. Salienta que a aposta deveria estar na classificação como Museu Nacional e enquadrado organicamente na estrutura e sob a tutela da Direção Geral do Património Cultural.
“A Direção da AMUSA não questiona a política de descentralização do Governo nem a capacidade gestionária desta Câmara, mas, no caso concreto do Museu de Aveiro, considera a decisão de transferência de poderes de gestão desta Instituição centenária para o Município inconsistente, despropositada, errada e seguramente não portadora de mais-valia para o crescimento, estabilidade e reconhecido prestígio granjeado pelo Museu na comunidade cultural local, nacional e internacional”.
A nota enviada em Junho e que se repete agora que o processo está fechado e foi validado pela maioria na Câmara e na Assembleia Municipal, reafirma que não se conhecem “quaisquer fundamentos e critérios científico-culturais e organizacionais que sustentem esta decisão de submeter o Museu de Aveiro a precários experimentalismos descentralizadores na área da cultura museológica, sendo sua convicção ser esta motivada por infundados propósitos meramente economicistas”.
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