A Comissão Política de Secção do PSD de Águeda promoveu mais uma conferência sobre “Os Desafios do Poder Local”. Participaram Ribau Esteves, atual presidente da Câmara Municipal de Aveiro e da CIRA, Salvador Malheiro, presidente da Câmara Municipal de Ovar e Silvério Regalado, presidente da Câmara Municipal de Vagos.
Silvério Regalado foi o primeiro a intervir começando por recordar algumas mudanças que os autarcas foram tendo de enfrentar como a mudança constante na legislação dos licenciamentos, o PAEL, entre outros, e “o facto de muitas autarquias terem de recuperar financeiramente sem onerarem em demasia os seus munícipes” e sobretudo “na necessidade de implementarem políticas em que a escala de decisão tem de ser supramunicipal”.
A dimensão mediática do exercício de funções é outra das preocupações. “Cada vez mais se exige que o autarca seja conhecedor e especialista de quase todas as áreas, mas por outro lado, o poder que a comunicação dá ao cidadão, nomeadamente através das redes sociais, coloca rapidamente em causa a sua gestão muitas das vezes sem o devido contraditório”.
Salvador Malheiro, por sua vez, entende que os autarcas “são agentes de desenvolvimento económico e social, que têm de tomar a iniciativa e avançar rapidamente, não tendo tempo a perder”.
Olhar para cada comunidade de forma abrangente com políticas integradas, é um dos desafios, e ser motor de desenvolvimento “passa por criar territórios de valor, atrativos, empregadores, e mais coesos”.
Ribau Esteves, por sua vez, começou por referir que o novo paradigma exige “gerir melhor com menos”, mas não esquecendo a necessidade de investir, “tendo consciência que os municípios juntos terão mais força e conseguirão desenvolver projetos de maior escala, numa lógica cada vez mais integrada, mas competitiva, onde a diplomacia se revela fundamental”.
O autarca de Aveiro defende que o alargamento de competências é uma tendência de futuro. “É necessário contratar mais competências para gerir melhor, aplicar mais eficazmente os nossos impostos acreditando na descentralização” e lembrando que “Portugal e a Grécia são dos países mais centralistas da Europa”.
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