À ESPERA DO CENTRO DE CONVIVIO |
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Centro Social de Soza
À ESPERA DO CENTRO DE CONVIVIO
Armor Pires Mota
O Centro Social da freguesia de Soza, ao fim de nove anos de fundação e sete de serviços prestados à comunidade, tem um problema, que é o de dar resposta mais capaz e cabal às solicitações de todos os dias. Daí que more ali um belo sonho, já com projecto pronto, que é a construção do Centro de Convívio, cujos custos em contos podem atingir os 250 mil.
Crianças em lista de espera
O Centro Social da Freguesia de Soza tem as portas abertas apenas a uma valência, o ATL. Já teve a funcionar Centro de Dia, mas a Segurança Social não esteve pelos ajustes e cancelou essa valência por falta de condições, ao mesmo tempo que obrigou a instituição a criar melhores condições para o ATL.
Hoje, as condições são óptimas. Ainda que a casa não seja construida de raiz, foi aproveitada a escola antiga que dispunha de quatro salas, foram levadas a cabo obras de transformação e adaptação, incluindo a construção de uma parede interior, bem como foram aumentadas, através da edificação de um espaço, onde funcionam a lavandaria, uma sala de leitura, no rés do chão, enquanto na parte superior há uma sala grande. O investimento foi de cerca de vinte mil contos, com um apoio estatal de 17 mil contos.
A valência do ATL funciona com 75 utentes e já estão na lista de espera para o ano “uma carrada deles, cerca de 15/20”, esclarece-nos o tesoureiro da instituição, Manuel Simões Freire. Número próximo deste, cerca de 50, é o que serve o Apoio Domicilário, apoiado por pessoal especializado e cinco viaturas que também recolhem as crianças para a escola, para as refeições e no fim da escola fazem o regresso a casa, em muitas situações.
Do apoio aos idosos sobrou realmente este serviço, mas está prevista a criação do Centro de Convívio que englobará esta valência.
De fora o Lar
O Centro de Convívio, já em projecto, será localizado junto ao Posto Médico, com uma grande vantagem: a centralização relativamente aos lugares da Carregosa, Boco e Soza e Salgueiro.
O sonho primeiro era localizar a obra ao lado sul do edifício sede, mas os herdeiros do Dr. João Marcelino Dias Pereira não abriram a porta, antes a fecharam, ao pedirem preços incomportáveis para a instituição.
O pensamento voltou-se então para outro lado, rumou ao campo da bola, onde foram adquiridos 6000 metros quadrados por 7 mil contos, esperando os dirigentes, com João Carlos Loureiro Regalado à frente, que a câmara ceda uma faixa de terreno, “pelo menos, as coisas estão bem encaminhadas”. A obra é grande e “não se pode meter o Rossio na Betesga”, comenta a propósito Manuel Simões Freire.
Aqui irão ser implementadas as valências de Creche e ATL o Centro de Convívio e o Apoio ao Domicílio, ficando de fora o Lar. Não foi autorizado, porque já há bastantes na zona e, segundo a filosofia do governo, os idosos não devem perder os laços com a família, dando assim mais importância aos Centros de Dia.
Para fazer face a estes custos, a instituição fez uma candidatura ao PIDDAC 2004. “Se não for possível, temos que encontrar outras saídas, como apresentar candidatura ao Terceiro Quadro Comunitário de Apoio”, afirma Carlos Regalado. Mas, se esta também falhar, “ teremos que recorrer aos subsídios estatais e sensibilizar as entidades”. Neste caso, a obra terá que ser feita por fases. A primeira será a valência da Creche.
Evidentemente que num caso ou noutro, a instituição conta com o apoio também dos emigrantes, nomeadamente na América. Como aconteceu ainda recentemente em Newark, onde foi realizado um jantar que rendeu cerca de dois mil contos. Evento que se repetirá, no próximo dia 26 de Abril, graças ao bairrismo e muito esforço de alguns amigos, nomeadamente de Carlos Rodrigues e António Almeida, de Soza, onde actuará o agrupamento musical constituido por elemenos da região, que dá pelo nome de Mega Five.
Outra das acções passará pela realização de cortejos de oferendas. Vontade não falta efectivamente aos dirigentes para levar por diante este projecto que irá ocupar uma área de cerca de dois mil metros quadrados que, na opinião do presidente, “é muito bonito”, constando de um um grande salão de festas no piso superior, de resto, é térreo.
(21 Mar 03 / 9:37) Diário de Aveiro |
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