Depois do aviso do ano passado sobre os riscos de continuidade este ano há mais um anúncio sobre o fim das Escolíadas por falta de apoio financeiro. No ano em que celebram 25 anos de atividade as Escolíadas registam prejuízo pelo segundo ano consecutivo. “Vamos para 2015 com o nosso record de escolas participantes – 28 escolas de 16 concelhos de 3 distritos da região centro, três polos, cinco salas de espetáculo, 14 dias de espetáculo com mais de 300 jovens em palco/dia. Hoje somos obrigados a comunicar-vos que não podemos continuar com este projeto. Saímos de 2014 com 2.500 € de prejuízo e avançámos para 2015 com a perspetiva de acumularmos mais 3.000 € de prejuízo. Procurámos e procuramos em todas as direções algum tipo de apoio. Não conseguimos chegar a mais nenhum sítio”.
Cláudio Pires, o responsável pela organização, admite já ter deixado o aviso junto de “todas as entidades governamentais” com responsabilidades na educação e formação dos jovens “pedindo-lhes apoio”, informando de forma clara que “caso não conseguíssemos encontrar mais financiamento as Escolíadas iriam terminar porque não podíamos continuar a acumular dívidas”.
“Pedimos-lhe que nos abrissem portas a apoios financeiros, não necessariamente públicos, mas que pelo menos fizessem a ponte entre o projeto Escolíadas e empresas/fundações/parceiros eventuais interessados no projeto. Até hoje não conseguimos absolutamente nada. Não somos subsídio-dependentes, nem pretendemos sê-lo. Conseguimos produzir um evento há anos recebendo do estado verbas que nunca chegaram a representar 10% do orçamento”.
O IPDJ apoia o evento com 4200€ dos 76000€ de custo do projeto. “Não entendemos como todas as entidades governamentais contactadas não investem e deixam acabar um projeto destes, mas essa é a nossa realidade. E, se este projeto não faz sentido para o Estado então não temos como continuar com ele. Nesta altura do ano teríamos já calendário para 2016 fechado, salas agendadas e atividades e orçamentos previstos. Este ano não temos nada. E por isso esta informação segue agora. Estivemos até ao último momento à espera de uma resposta positiva que não houve”.
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