PESCADORES APRESENTAM QUEIXA POR FOGOS SUSPEITOS

Vagos Pescadores apresentam queixa por fogos suspeitos Um grupo de pescadores artesanais de Vagos solicitou hoje à Policia Judiciária que investigue os motivos que terão originado dois incêndios nos últimos 15 dias no barracão de madeira onde guardavam os aprestos de pesca. Em declarações à Agência Lusa, António Maltez, dono de uma das poucas companhas de arte Xávega que ainda vai para o mar na praia da Vagueira, em Vagos, disse que o último incêndio aconteceu na terça- feira à noite. A ajuda de outros pescadores vizinhos e a rápida intervenção dos bombeiros evitou que as chamas fizessem estragos maiores no barracão de madeira onde guardavam as redes de pesca e o motor do barco. Mesmo assim, o prejuízo foi elevado. «Mais de 17 mil euros«, estimou António Maltez, explicando que as chamas destruíram, além do barracão de madeira, o motor e uma rede. Segundo o dono da companha, este foi o segundo incêndio naquele barracão no espaço de 15 dias - o primeiro incêndio aconteceu na madrugada do dia 02 de Março - o que o leva a suspeitar de fogo posto. A arte Xávega é uma forma tradicional de pesca, em que um grupo de pescadores num barco a remos lança as redes, para cercar os cardumes, puxando aquelas mais tarde para a praia, com a ajuda de bois. Actualmente, a maior parte dos pescadores recorre a novos mecanismos para facilitar a árdua tarefa de puxar as redes, aplicando motores nos barcos antigos, e adaptando tractores para puxar os barcos para o mar e as redes para terra. Na praia da Vagueira existem três companhas que continuam a enfrentar a rebentação em barcos de madeira como antigamente, tornando- se no principal atractivo turístico desta zona. (14 Mar 03 / 10:37)
Diário de Aveiro


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