PORTUGAL E ITÁLIA SÃO OS PAÍSES COM MENOS MULHERES LICENCIADAS |
---|
| |
Dia da Mulher
Portugal e Itália são os países com menos mulheres licenciadas
Setenta e oito por cento das mulheres portugueses estudaram apenas até ao ensino secundário (ou menos), e somente 11 por cento possuem habilitações académicas de nível superior, segundo um estudo do Eurostat hoje divulgado.
As mulheres portuguesas e italianas são, no contexto europeu, as que menos acedem a um grau no ensino de nível superior, segundo uma estatística realizada no quadro da Comissão Europeia, a pretexto do Dia Internacional da Mulher que se celebra sábado.
De acordo com o mesmo levantamento, em Portugal, no ano de 2002, apenas 11 por cento da população feminina (entre os 25 e os 64 anos) apresentava habilitações académicas superiores.
Por outro lado, 78 por cento das mulheres portugueses ficam-se pela ensino primário ou secundário «de nível inferior«, um recorde absoluto ao nível europeu, secundado, embora com razoável distância, pela vizinha Espanha, onde a mesma cifra baixa para os 59 por cento.
Também na Itália verifica-se que apenas 10 por cento das mulheres possuem licenciatura. No extremo oposto, no que se refere às habilitações académicas, figuram a Finlândia e a Irlanda, países onde a população feminina diplomada pelo ensino superior alcança, respectivamente, os 36 e os 33 por cento.
Contudo, a pesquisa da Comissão Europeia mostra que no caso português a população licenciada é maioritariamente feminina, já que no universo masculino apenas sete por cento revelou possuir habilitações académicas superiores.
Portugal surge assim como o país com menos homens licenciados, seguido mais uma vez pela Itália. Contudo, homens e mulheres italianos mostram-se, nesse aspecto, em absoluta igualdade, ficando- se, ambos, pelos 10 por cento.
De acordo com os dados do Gabinete Estatístico das Comunidades Europeias, agora referentes a 2000, as mulheres portuguesas que ingressaram no ensino superior optaram sobretudo pelas Ciências Sociais (37 por cento) e pelo Ensino (23 por cento).
No mesmo ano os homens portugueses também preferiram as Ciências Sociais, mas o segundo lugar nas suas preferências surge ocupado pelas Engenharias (22 por cento).
O estudo mostra igualmente que as profissões ligadas à Saúde e à Protecção Social são maioritariamente ocupadas por mulheres (16 por cento), sendo que neste campo, em 2000, existiam apenas 8 por cento de diplomados entre a população masculina.
(8 Mar 03 / 9:55) Diário de Aveiro |
|
|
|