Uma petição colocada ao dispor dos cidadãos de Aveiro reclama que a taxa de IMI regresse à taxa de 0,3% (com devolução do remanescente aos cidadãos que já tenham pago); que volte a vigorar a cláusula de salvaguarda, impedindo aumentos superiores a 75€; o fim dos benefícios dados aos fundos imobiliários, que têm 50% de desconto face ao valor total a pagar; a isenção de pagamento do IMI a cidadãos e suas famílias nos casos de incapacidade permanente elevada ou deficiência e de manifesta falta de rendimentos e a disponibilização de uma verba extraordinária do Governo que permita suprir 50% da diferença entre o que seria recebido com a fórmula anterior e com a aplicação das reivindicações para que o esforço orçamental seja repartido.
Ideias apresentadas por Andrea Araújo, reconhecida pela ligação ao movimento sindical mas que se apresenta na condição de Munícipe de Aveiro, para reclamar mudanças na política fiscal. A petição será levada ao conhecimento do Primeiro Ministro, da Ministra das Finanças, da Presidente da Assembleia da República, do residente da Câmara Municipal de Aveiro e do Presidente da Assembleia Municipal de Aveiro.
A chegada das notificações para pagar o imposto veio confrontar os aveirenses com a subida do IMI para a taxa intermédia a caminho da taxa máxima. Andrea Araújo falou do seu caso pessoal que justifica o estatuto de primeira subscritora. Diz que de 300 euros, vai passar a pagar 400 a caminho de um valor que rondará os 500 euros em 2016.
“A Câmara poderia não agravar mais os impostos. Optou por agravar e poderia começar em 2016 mas começou já. O meu apartamento tem mais de 30 anos. Para o ano vou pagar 500 euros. Este é o país onde compramos uma casa e pagamos três. As famílias estão sacrificadas. Isto é um abuso".
Os promotores lembram que além das dificuldades com os postos de trabalho, o custo de vida disparou nos últimos anos com mais impostos, portagens e subidas nos preços de água e luz. “Sabemos que o aumento do IMI resulta da combinação da reavaliação das casas com uma opção da nossa Câmara Municipal para fazer face à asfixia financeira a que a gestão ruinosa dos últimos anos e as opções do Governo a sujeitam. Porém, consideramos profundamente injusto que tenham de ser os munícipes a pagar duramente esta factura, ainda mais quando é evidente que há alternativas para gerar essa receita”.
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