O presidente da Assembleia-Geral da Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré afirma que procura uma solução diretiva para o futuro da instituição que está sem presidente. Júlio Cirino deixou a liderança e não há, até ao momento, alternativa para dar continuidade ao trabalho. Entrevistado no programa “Conversas”, João Alberto Roque, professor, escritor, dirigente associativo e dirigente político, confessa que é necessário ultrapassar os constrangimentos para manter a atividade.
“Já fiz alguns contactos mas as pessoas têm medo de assumir responsabilidades. O trabalho associativo é ingrato, dá trabalho e as pessoas, na prática, vão arranjar problemas. Assustam-se porque vão ter que dizer coisas que são desagradáveis para quem está no poder”.
João Alberto Roque confessa que as questões ligadas ao ambiente e qualificação urbana são fonte de preocupação e exigem uma presença ativa e atenta da ADIG. No caso da polémica sobre a qualidade do ar a propósito da movimentação de Petcoke no Porto de Aveiro, diz que ignorar o problema é um erro.
“Só quem andar muito distraído é que não reconhece o problema. Não é preciso dizer muito mais. Querer tapar o sol com a peneira não é solução porque a peneira ainda deixa passar poeiras. O problema existe e as pessoas ao manifestarem essa preocupação não estão a ser arruaceiras. Estão a ser interessadas no seu bem-estar e dos seus conterrâneos. Dizer mais do que isto é não estar a ver o problema”.
Entrevista para ouvir às 19h com um professor de biologia que se dedicou ao jornalismo, à escrita para concursos literários e à participação cívica.
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