SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE: INVESTIDORES PORTUGUESES PREPARAM MISSÃO EMPRESARIAL |
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Cantanhede
São Tomé e Príncipe: Investidores portugueses preparam missão empresarial
Agentes económicos do Norte e Centro de Portugal prepararam hoje uma missão empresarial a São Tomé e Príncipe, prevista para entre 2 e 10 de Março, que visará reforçar investimentos e parcerias.
O encontro preparatório foi promovido pela Associação Empresarial de Cantanhede (AEC), pelo cônsul de São Tomé e Príncipe em Coimbra, Joaquim Diogo, e pela encarregada de negócios daquele país em Portugal, Elisa Barros.
Segundo o presidente da AEC, Luís Roque, a missão empresarial de Março integrará uma vintena de agentes económicos de Anadia, Braga, Cantanhede, Mealhada e Porto, ligados à produção de químicos, construção civil, peças de automóveis, refrigerantes, água de mesa, vinhos, produtos alimentares e turismo.
Aliás, a área turística é já uma marca do investimento português em São Tomé e Príncipe, sendo de realçar que o maior investimento português naquele arquipélago é um complexo turístico no ilhéu das Rolas, uma iniciativa da empresa Rotas de África, SA, constituída por empresários da região de Cantanhede.
A Rotas de África investiu seis milhões de euros no complexo, disse à Agência Lusa o presidente da empresa, Jasmim Neto.
De acordo com o presidente da AEC, a missão de Março incentivará investimentos autónomos dos portugueses em São Tomé, bem como parcerias com empresários locais, na perspectiva de reduzir a dependência daquele país das exportações e ainda de o país começar a produzir para exportação.
São Tomé e Príncipe é um mercado de apenas 140 mil pessoas, mas tem «excelentes perspectivas« de poder exportar para outros países de África, como Angola, Gabão e Nigéria, declarou Luís Roque.
Por seu turno, a encarregada de negócios de São Tomé e Príncipe em Portugal apelou ao investimento português no seu país, assegurando que ali se vive estabilidade política, há facilidades para o investimento e perspectivas optimistas do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Elisa Barros realçou as maiores facilidades de acesso ao país, a partir de Portugal, uma vez que a TAP/Air Portugal aumentou de um para três o número de ligações aéreas Lisboa/São Tomé.
Para ilustrar a carência de investimento no seu país, Elisa Barros disse que o arquipélago exporta cacau mas importa chocolate.
Idêntico apelo fora formulado pelo presidente são- tomense Fradique de Menezes, em Outubro passado, quando terminou em Cantanhede uma visita oficial de quatro dias a Portugal.
«Precisamos de quem sempre esteve ao nosso lado, reforçando as relações com os nossos irmãos de Portugal. Dos portugueses queremos o seu saber, a sua competência e até o seu afecto«, afirmou na altura o chefe de Estado são-tomense.
Lusa
(5 Fev / 9:20) Diário de Aveiro |
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