ADVOGADO DE «BIBI« É ARGUIDO NA MEGA-BURLA |
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Pedofilia
Novo advogado de «Bibi« é arguido num processo de mega-burla
O novo advogado de Carlos Silvino («Bibi«), suspeito de pedofilia na Casa Pia, Manuel Dória Vilar, é um dos 22 arguidos no processo de uma mega-burla em julgamento desde Outubro passado em Oliveira do Bairro.
O advogado que vai defender o suspeito de abuso sexual contra crianças da Casa Pia de Lisboa é acusado no processo de Oliveira do Bairro por um crime consumado de burla qualificada e dois crimes de receptação.
À agência Lusa Dória Vilar frisou que a sua condição de arguido «não é impeditiva« de assumir a defesa de Carlos Silvino, mas admitiu que poderá ser prejudicado «perante a comunicação social«.
No julgamento de Oliveira do Bairro, Dória Vilar tem-se remetido ao silêncio, opção tomada pelos restantes 21 arguidos, mas, nas suas declarações à Lusa, refutou como «obviamente falsas« as acusações que lhe são imputadas.
Defender-se como arguido e defender tão mediático arguido «não é problema« para o causídico, que garante ter tempo para ambas as situações.
Segundo fonte judicial, as acusações feitas a Dória Vilar implicam, em abstracto, 15 anos de prisão, uma vez que cada um dos crimes de que é acusado apresenta uma pena até cinco anos, caso se prove a acusação.
No entanto, segundo a mesma fonte, essa nunca seria a pena real, sendo encurtada devido ao mecanismo do cúmulo jurídico.
Os crimes de que está acusado Dória Vilar terão sido praticados na qualidade de procurador indicado por um dos arguidos no processo em julgamento em Oliveira do Bairro, para o negócio de alienação da empresa Auto Duarte e Duarte, Limitada, uma das firmas associadas a este mega-processo.
Dória Vilar e os outros 21 outros arguidos estão a ser julgados em Oliveira do Bairro desde Outubro do ano passado pela alegada prática de um conjunto de 1.600 crimes, desde burla qualificada a falsificação de documentos e associação criminosa, que terão prejudicado 400 empresas portuguesas.
Em concreto, são acusados de obter, ou tentar obter, mercadoria sem pagar num valor global superior a um milhão de contos (cinco milhões de euros), de 1998 a 2000.
A mega-fraude seria liderada por Vítor I., 55 anos, um industrial das Caldas da Rainha, que só à sua parte é acusado de dois crimes de associação criminosa, 770 crimes de falsificação de documentos, 753 crimes na forma tentada de burla qualificada e 98 crimes de burla qualificada.
Parte das mercadorias obtidas ilicitamente em Portugal eram escoadas para a Guiné-Bissau, onde Vítor I. tinha contactos privilegiados com governantes locais.
(16 Jan / 9:15) Diário de Aveiro |
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