FRENTE FRIA JÁ PASSOU

Mau tempo Frente fria já passou A frente fria que se temia que causasse grandes precipitações em Portugal já passou e encontra-se agora sobre a Galiza, disse à Agência Lusa, a porta-voz do serviço Nacional de Protecção Civil. Assim, são agora escassos os riscos de inundação porque «não vai chover como se pensava», referiu Gisela de Oliveira. Na Barragem do Lapão, onde se temeu uma ruptura, as águas estão a baixar, embora menos do que seria desejável. Os técnicos estão a destruir alguns muros, construídos num sistema labiríntico, para que a água normalmente não saia tão depressa - o contrário do que agora se pretende, explicou a porta-voz, Gisela Oliveira. O plano de evacuação das populações locais, em caso de catástrofe, está também pronto. Na zona, disse a porta-voz, vivem 325 pessoas. A barragem do Lapão visa permitir o aproveitamento hidro- eléctrico de duas ribeiras e o regadio de 500 hectares de terras. A sua construção pôs fim a um complicado projecto de 40 anos, quando a Junta de Colonização Interna, em 1961, iniciou o plano para o aproveitamento hidro-eléctrico da ribeiras de Fraga e Mortágua. Um ruptura semelhante à que se teme no Lapão ocorreu em 2000, no Dique da Junceira, Concelho de Alpiarça, Distrito de Santarém, o que exigiu uma operação de emergência gigantesca. Militares da Escola Prática de Cavalaria, funcionários das Câmaras de Alpiarça, Almeirim e Chamusca, bombeiros, presos de Alcoentre e técnicos do Ambiente encheram, á pressa, cinco mil sacos de areia para proteger a população. Em Dezembro de 1979, rebentou também o Dique de Valada do Ribatejo, o que obrigou á evacuação de toda a população. Entretanto, no distrito de Santarém a situação mantém-se hoje semelhante à de sábado. As águas baixaram ligeiramente, porque os caudais vindos de Espanha diminuíram, segundo a Protecção Civil local. O cais de Tancos já não está submerso, embora a povoação de Reguengo do Alviela continue isolada. As próximas chuvas estão previstas para segunda e terça-feira, mas com uma precipitação semelhante à de hoje, disse Gisela Oliveira. Lusa (5 Jan / 14:04)
Diário de Aveiro


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