ESTALAGEM DE QUINTA DO LOUREDO |
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Piedade
Estalagem de Quinta do Louredo
Um belo empreendimento de grande futuro
Armor Pires Mota
A Estalagem do Louredo, assim chamada porque a estrutura está implantada no chão que tem esse mesmo nome, na Piedade, é um equipamento que tem todas as condições para somar êxitos. Não só pela sua arquitectura, mas sobretudo pelo espaço que ocupa bem sobranceiro à baixa do Cértima, uma verdadeira varanda de onde se desfruta uma magnífica paisagem. Água, verde e casario se juntam nesta tela admirável.
SONHO TORNADO REALIDADE
A Estalagem Quinta do Louredo (fixem este nome) está praticamente, pronta a funcionar e foi apresentada à comunicação social, na última terça-feira. Mas só para os meados de Dezembro abrirá as portas ao público. No momento já tem serviços marcados.
Inserida num espaço de 20 hectares, a obra começa logo a dar nas vistas pela zona de acesso e acaba na rectaguarda de onde se desfrutam encantos e recantos, sobretudo do concelho de Oliveira do Bairro, para não falar de Fermentelos (Pateira). O sossego e a terapia do stress encontram ali lugar: tanto nas varandas que dão para as salas de jantar, como nos acessos à própria quinta.
Uma Estalagem que marca pontos, mas que não nasceu por via de outras. “Nós não queremos bater-nos com ninguém. Queremos fazer o nosso negócio e ponto final”, confessou-nos Marlene Carvalho, que é sócia do empreendimento, um sonho de João dos Leitões (João Dias de Carvalho), o sócio maioritário que, por várias razões, levou algum tempo a levar a cabo, mas agora ali está imponente sobre o Vale do Cértima. Um sonho dele e da esposa (Maria Madalena dos Reis Santos que, já não sendo deste reino, não teve por isso a dita de o ver acabado. Hoje sócias são as filhas, Marlene e Dulce Campos. De resto, a equipa que vai estar ao leme deste empreendimento tem o signo da juventude: Marlene Carvalho, Dulce Campos e o cunhado, João Duarte Campos. Também, segundo a nossa cicerone, a equipa de serviço, constituída por 25 pessoas, terá a marca fundamental da juventude.
“O ESPAÇO POR SI JÁ VALE”
O projecto é do arquitecto Hélder Lemos, enquanto a decoração é da responsabilidade de Sátira, do Porto. Os elementos cerâmicos que surgem aqui e ali, são lavra de Carla Gaspar e Mariela Dias, de Fermentelos.
“Estamos a funcionar ao contrário”, alertou-nos Marlene Carvalho. Por quê? É que os quartos, em dois pisos, ficam em baixo, enquanto, a zona de lazer, em cima.
A nível do primeiro piso, fica uma sala de jantar que se abre sobre a beleza do vale. Outra de banquete, se estende no piso imediatamente abaixo, com uma nota: sobre um terraço largo com a mesma paisagem de fundo e de onde se pode avistar, pertença da Quinta, um espaço verde, equivalente em área a um campo de futebol, dois lagos e, mais além as cores da natureza. Ainda uma pista de manutenção calcetada liga a Estalagem ao relvado.
As alas dos quartos que ficam só de um lado (poente) situam-se nos pisos menos 3 e 4. Um quarto, refira-se, está equipado para receber deficientes. Os quartos do piso menos quatro são todos envidraçados e ainda dispõem de uma varanda. E nem falta uma sala de reuniões, enquanto, se tudo correr bem, não estará fora do sonho a construção, a Sul, de um centro de congressos. No entanto, Marlene, muito prática e comedida, foi dizendo que “é melhor uma coisa de cada vez”.
“É muito agradável, muito relaxante, aqui não chegam ruídos” - lembra-nos Marlene Carvalho e nós acreditamos. Mais: “não corremos o risco de termos aqui pirâmides à nossa frente”, acrescenta. Além disso, a paisagem vai mudando conforme as estações. “Hoje temos tons acastanhados, na Primavera domina a cor verde, a natureza sempre em transformação”, deseja frisar, rematando que “o esforço por si já vale”.
Acrescente-se que dispõe a Estalagem Quinta do Louredo, cujos custos ultrapassam o meio milhão de contos, de duas cozinhas e dois fornos a lenha para assar o cabrito e o peixe, com um sabor especial. Isto é, segundo nos foi dizendo, vão procurar manter a cozinha tradicional, mas também não esquecerão os sabores de outras terras dentro de uma nova filosofia gastronómica.
ÊXITO À VISTA
Enfim, um grande e belo empreendimento que “não é uma estrutura fechada, há muita luz”, conforme afirmou a JB Marlene Carvalho. Além disso, a primeira nota que marca a diferença de outras estruturas é o espaço que antecede o edifício. “O que temos a favor é a área imensa para estacionamento que é um dos pontos fortes”, além de outras ventagens, mas a paisagem ímpar e acolhedora também não deixa de o ser. A acrescentar a todos estes inegáveis atributos, de certo que se juntará a vertente gastronómica e de serviços.
Tudo isto, somará, com toda a certeza, um grande e frutuoso êxito.
(27 Nov / 10:14) Diário de Aveiro |
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