AUTARQUIA QUER MAIS POLÍCIAS |
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Águeda
Autarquia quer mais polícias para travar aumento criminalidade
O presidente da Câmara de Águeda, Castro Azevedo, defendeu hoje que a eventual constituição de milícias no concelho, face ao aumento da criminalidade, só pode ser travada com mais efectivos e postos de polícia.
Segundo uma moção aprovada no Conselho Municipal de Segurança (CMS) e já remetida ao Ministério da Administração Interna, Governo de Aveiro e GNR a que a Agência Lusa teve acesso, aquele órgão considera ser «muito urgente« o reforço de efectivos nos postos da GNR em Águeda e Arrancada, bem como a instalação de uma unidade da PSP no concelho e a criação de serviços da GNR em Aguada de Cima e Fermentelos.
O posto da GNR de Águeda serve 14 freguesias e tem 32 efectivos, enquanto o de Arranca, responsável pelo policiamento em cinco freguesias, dispõe de 10 militares.
É um efectivo que, segundo o presidente da Câmara, corresponde a «metade das necessidades« deste concelho de 49.500 habitantes distribuídos por uma área de 380 quilómetros quadrados.
«Os furtos a residências, estabelecimentos comerciais, indústrias e cidadãos, com agravamento nos últimos seis meses, resultaram em elevados prejuízos materiais e na insegurança das pessoas, que se vêem confrontadas com as mais adversas situações de intimidação, roubo e violação«, sustenta o CMS na moção remetida à GNR, Governo central e Governo Civil.
Afirmando que «nem os cemitérios escapam aos larápios« e considerado que «a proliferação do vandalismo está bem patente«, o CMS critica o «descrédito« dos sistemas policial e judicial.
Esse alegado descrédito «faz com que a grande maioria dos lesados não participe os delitos porque, de uma forma geral, os processos acabam por não ter quaisquer resultados«.
Face a este quadro, surgem cíclicas ameaças de constituição de milícias - as mais recentes ocorreram nas freguesias de Aguada de Baixo e Borralha - que o responsável pela GNR de Águeda, capitão Alves, condena.
«É uma forma errada de forçar o aumento do número de efectivos da GNR«, sustentou o oficial à Agência Lusa, na sua primeira declaração pública sobre o assunto.
«Os índices de criminalidade de Águeda são semelhantes aos do resto do país, não havendo nenhuma onda de assaltos«, afirmou ainda o comandante da GNR de Águeda.
Quanto ao número de efectivos sob seu comando disse apenas que «é o possível«.
Em meados deste ano, o major-general Carvalho Figueiredo, da Brigada n/o 5 da GNR (Coimbra), reunira em Águeda com os autarcas, declarando que o estado da segurança no concelho «preocupa os comandos«, mas sublinhara que o posto de Águeda «é o nono com maior número de efectivos« da região Centro.
Lusa
(27 Set / 16:41)
Diário de Aveiro |
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