PARQUE DO PREGO VAI TER NOVO ROSTO |
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Perrães
Parque do Prego vai ter novo rosto
O Parque do Prego, em Perrães, vai dar um enorme salto qualitativo em questão de equipamentos e infra-estruturas, graças a um protocolo assinado, na última segunda-feira, dia 9, no próprio local, investimento que atinge 221.988,16 Euros, sejam 44.504.634$00. Será executado um projecto de raiz de valorização paisagística.
PONTAPÉ DE SAÍDA
Marcaram presença neste acto simples, José da Rocha Galante, administrador delegado da AMRIA; presidente da Câmara oliveirense, Victor Oliveira; Vereador das Obras, Fernando Silva; Dinis dos Reis Bartolomeu, presidente da JF de Oiã e Jorge Mendonça, presidente da AMPER.
Assinaram pela AMRIA o Engº. Manuel Rocha Galante, e pela empresa responsável pela concretização das obras, Engº. Jaime Duarte, administrador da Construtora da Bairrada.
Este projecto integra-se num projecto mais vasto da AMRIA que se interliga com vista à despantanização da Pateira. O Parque do Prego é o quarto a receber estas melhorias fundamentais, logo a seguir aos de Espinhel, Óis da Ribeira e Travassô, integrado no Plano Intermunicipal de Ordenamento da Ria de Aveiro, em que a AMRIA, segundo Engº. José da Rocha Galante “é a interface entre os fundos comunitários e as autarquias”. A AMRIA irá suportar 75% dos custos da obra, enquanto a Câmara de Oliveira do Bairro suportará a parte restante (25%).
Fernando Silva, Vereador das Obras da Câmara Municipal, lembrou, na oportunidade que “isto se deve essencialmente aos esforços das Câmaras de Oliveira do Bairro e de Águeda, o que “permite este pontapé de saída”. Este projecto visa no fundo reabilitar e ordenar os parques de lazer, obras que tem como primeiro alvo a reabilitação da Pateira de Fermentelos e a Ria de Aveiro que ganharão outra dimensão e utilidade quando todos os parques do concelho, o Parque dos Atómicos, Pateira, no Silveiro, Ribeirinho, na Gesta, Carreiro Velho e Prego, em Perrães, e o da Lagoa, no Rego, sonho que tem vindo a ser ventilado em muitas intervenções dos autarcas, sobretudo durante estes dois últimos anos, estiverem unidos pela via ecológica ciclável entre os diversos parques. No entanto, Fernando Silva não deixou de alertar “não vai acontecer tudo amanhã, mas começa a haver mapas para o ordenamento da ria de Aveiro.
Mais adiante na sua intervenção informal, salientou Fernando Silva, que esta obra no Parque do Prego “é sinal claro de que quem manda neste território está a olhar com outros olhos o combate à degradação. É uma mudança de atitude”.
INFRA-ESTRUTURAS
Assim, o espaço do Prego “localizado numa área interessante e importante, ao nível paisagístico e do património natural da Ria de Aveiro”, vai ser requalificado em termos de imagem e de condições necessárias para as actividades de recreio e de lazer, através da criação de acessibilidades, equipamentos e infra-estruturas de apoio ao turismo de natureza. Estes equipamentos envolvem a construção acessos (todos em saibro, com alguns inconvenientes em tempo de cheias), mesas e bancos em madeira (nada de cimento), churrasqueiras, iluminação vertical, caixa de areia, enquanto ao centro se situarão os sanitários e ainda um bar de apoio, parque infantil. Enfim, uma obra de raiz de valorização paisagística, que fica a integrar a futura via pedonal e ciclável (VEC), como ponto de paragem deste percurso, uma aposta da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro.
UM POUCO DE HISTÓRIA
O Parque do Prego nasceu há uma dúzia de anos pelas mãos de alguns perranenses interessados no aproveitamento de uma área pantanosa, junto à confluência do rio Cértima com a Pateira de Fermentelos em Perrães. Foram eles Fernando Rito, Manuel Pereira e Manuel da Conceição (Esguilra) que começaram por direccionar para ali todos os aterros que puderam, de várias terras e obras, centenas de metros cúbicos.
Tudos por sua conta e risco, já que das autarquias, nomeadamente de Oiã, não houve nenhuma ajuda. Apenas, mais tarde, com parque a nascer, era presidente, Armando Pires da Silva, o fornecimento das manilhas para as messas (bem seguras e direitas) que agora em face do novo projecto, vão ser substituídas por mesas de madeira) e ainda a canalização de água nascente que vinha do lugar e dava para uma vala a norte.
A arborização que hoje fornece um rico manto de sombra, frescura e beleza ao local, foi também obra deste triunvirato, naturalmente com a ajuda de outros, tomados de bairrismo e brio. Hoje é o parque se vê e que ainda vai ser melhorado substancialmente. Todavia, para além dos bancos e mesas de cimento, não dispõe de outros equipamentos de apoio às actividades lúdicas e de lazer. Nem umas casas de banho que, foram mandadas derrubar pela Direcção Regional do Ambiente, feitas no ano de 1999...
Armor Pires Mota
(12 Set / 9:18)
Diário de Aveiro |
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